IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Presidente do BC da Argentina renuncia e será substituído por vice-ministro da Economia

Pablo Cuarterolo/Diario Perfil
Imagem: Pablo Cuarterolo/Diario Perfil

Jorge Otaola

25/09/2018 10h17

BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente do banco central argentino, Luis Caputo, apresentou renúncia nesta terça-feira (25) ao presidente Mauricio Macri por motivos pessoais, informou a autoridade monetária em comunicado.

BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente do banco central argentino, Luis Caputo, apresentou renúncia nesta terça-feira ao presidente Mauricio Macri por motivos pessoais, informou a autoridade monetária em comunicado.

O peso passou a despencar mais de 4 por cento após a renúncia de Caputo, que, segundo a imprensa local, teve divergências sobre a condução financeira com o ministro da Economia, Nicolás Dujovne.

A segunda renúncia de um presidente do banco central em menos de quatro meses surpreendeu o mercado financeiro, em um momento em que o banco central procura conter a desvalorização acentuada do peso argentino, que já perdeu 50 por cento até agora em 2018, e o governo está negociando uma extensão de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Esta renúncia se deve a motivos pessoais, com a convicção de que o novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) restabelecerá a confiança nas situações fiscal, financeira, monetária e cambial", acrescentou o texto.

Caputo chegou assumiu o cargo no banco central em 14 de junho, quando substituiu Federico Stuzenegger, que renunciou sobrecarregado pela fraqueza da moeda e pela alta taxa de juros que ele concordou com a renovação de estratégias para combater a inflação.

Caputo tem sido um colaborador próximo de Macri desde que chegou à presidência do país em dezembro de 2015. Primeiro, ele ocupou o cargo de Secretário de Finanças e, depois, virou Ministro da área.

Sandleris, atual secretário de Política Econômica, terá que lidar com uma forte volatilidade do peso, uma inflação que deve ultrapassar 40 por cento este ano e uma economia estagnada.

(Reportagem de Jorge Otaola)