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Bovespa recua com cautela na reta final da eleição; Qualicorp desaba mais de 20%

01/10/2018 12h31

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista começava outubro com o Ibovespa no vermelho, após alta em setembro, reflexo da cautela de agentes financeiros na reta final para o primeiro turno da eleição presidencial no país, com Qualicorp desabando mais de 20 por cento após acordo com acionista.

Às 12:24, o principal índice de ações da B3 caía 1,41 por cento, a 78.225,31 pontos. O volume financeiro somava 2,8 bilhões de reais.

O Ibovespa encerrou setembro com alta de 3,5 por cento e acumulou no terceiro trimestre elevação de 9 por cento.

Levantamento de intenção de votos BTG Pactual/FSB Pesquisa abriu nesta segunda-feira a bateria de sondagens prevista para os próximos dias, mostrando que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, manteve a liderança para o primeiro turno, mas com menor diferença em relação a Fernando Haddad (PT).

"O viés da semana será totalmente voltado às pesquisas eleitorais, já que a votação do primeiro turno ocorre no próximo domingo", afirmou a corretora Mirae, em nota a clientes.

De acordo com profissionais da área de renda variável, há investidores também já se posicionando ou pelo menos fazendo contas para o desfecho do segundo turno do pleito, dada a distância dos dois primeiros colocados - Bolsonaro e Haddad - nas pesquisas em relação aos demais.

Estrategistas ouvidos pela Reuters, contudo, ressaltam que o segundo turno será outra eleição.

No exterior, a sessão era positiva, após um acordo de última hora salvar o Nafta como um pacto trilateral e renovar esperanças de um progresso nas negociações dos Estados Unidos com outros países. Em Nova York, o índice acionário S&P 500 tinha alta de 0,7 por cento.

DESTAQUES

- QUALICORP despencava 22,2 por cento, após anunciar acordo de não competitividade com o acionista José Seripieri Filho, detentor indireto de cerca de 15 por cento do capital social total da administradora de planos de saúde coletivos, pelo qual ele receberá 150 milhões de reais. "Em nossa visão, isso é um sinal negativo em termos de governança corporativa, que pode preocupar investidores", afirmou o Itaú BBA, em nota a clientes.

- VIA VAREJO UNIT cedia 9,05 por cento, também na ponta negativa do Ibovespa, com operadores citando nota no fim de semana no blog do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que o banco de investimentos Rothschild, contratado para vender a Via Varejo, estaria procurando compradores para o Pão de Açúcar, controlador da Via Varejo, o que reduziria a possibilidade de venda da unidade. Procurado pela Reuters, o grupo francês Casino, dono do GPA, disse que refutava "de forma veemente o teor de nota veiculada".

- PETROBRAS PN caía 1 por cento, contaminada pelo ajuste negativo no pregão, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior.

- VALE cedia 1,04 por cento, também pesando no desempenho do Ibovespa, em movimento alinhado ao comportamento negativo de outras mineradoras no exterior.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,54 por cento, em sessão negativa para os bancos do índice como um todo, com BANCO DO BRASIL liderando o declínio, em baixa de 3,02 por cento. BRADESCO PN recuava 1,71 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT caía 1,6 por cento.