Produção industrial no Brasil tem recuo inesperado em agosto pelo 2º mês seguido
Out 2 (Reuters) - A indústria brasileira foi pressionada em agosto pelos bens intermediários e registrou contração inesperada no mês em meio a um ambiente de atividade econômica fraca e incertezas às vésperas da eleição presidencial.
A produção industrial caiu 0,3% em agosto na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado foi o segundo negativo após queda de 0,1% em julho, o que não acontecia desde o final de 2015. O dado também contrariou a projeção em pesquisa da Reuters com economistas de alta de 0,2%.
Leia também:
- Produto brasileiro chega a ser 30% mais caro que o norte-americano
- Brasil perdeu marcas queridas de comidas e bebidas
- Relembre empresas que deixaram o Brasil nos últimos anos
"Na série histórica da indústria, é possível observar que, sempre que tem um movimento de queda, de alguma forma, ele é compensado, no mês seguinte, com crescimento. Desde setembro a dezembro de 2015, não se via dois meses em sequência de resultados negativos", explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.
Em relação ao mesmo mês do ano passado, o setor apresentou avanço de 2% na produção, terceira leitura positiva, mas mais fraca que a expectativa de crescimento de 3,2%.
A leitura mensal foi pressionada principalmente pela queda de 2,1% na produção de Bens Intermediários, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção.
Também apresentou perdas a categoria de Bens de Consumo Semiduráveis e não Duráveis, de 0,6% sobre julho.
Por outro lado, a produção de Bens de Capital, uma medida de investimento, avançou 5,3%, enquanto os Bens de Consumo Duráveis tiveram aumento de 1,2% na produção.
Entre os ramos, 14 dos 26 pesquisados apresentaram perdas, com destaque para a queda de 5,7% de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, após registrar avanços desde março.
Incertezas
O ambiente no país é de fortes incertezas com o ritmo fraco da atividade e com as eleições presidenciais, o que vem prejudicando tanto o consumo quanto o ímpeto de investimento dos empresários.
A última pesquisa Focus realizada pelo Banco Central com economistas mostra que a expectativa para o crescimento da indústria neste ano é de 2,78%, com a projeção para o PIB em 1,35%.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.