Conselho do governo eleva preço de Angra 3, propõe inclusão em programa de parcerias
SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu nesta terça-feira pela continuidade das discussões a respeito da conclusão de Angra 3, aprovando estudos com preço da eletricidade mais alto para a retomada das obras da usina nuclear, paralisadas desde 2015.
Com base nos estudos, o CNPE aprovou a recomendação de Grupo de Trabalho interministerial para adotar como referência para as próximas etapas o preço de energia de Angra 3 no valor de 480 reais/MWh, a valores de julho de 2018.
A questão do valor da eletricidade de Angra 3 é um dos impasses para o projeto da Eletrobras. Pelo contrato original da usina estatal, o preço era de 248 reais/MWh. A alta é vista como necessária para atrair um sócio que ajude na conclusão das obras.
O ministério disse ainda que vai propor a possibilidade de qualificação do empreendimento no Programa de Parceria de Investimentos (PPI), bem como que seja criada estrutura de governança para o acompanhamento dos principais marcos do projeto, que esteve envolvido em casos de corrupção investigados pela Lava Jato.
Angra 3, projetada para ter capacidade de 1.405 MW, está programada para entrar em funcionamento em janeiro de 2026, com investimentos previstos da ordem de 15,5 bilhões de reais. Mas para isso é preciso a atração de agentes privados para a finalização das obras.
A usina contribuiria para o sistema elétrico nacional por estar localizada no principal centro de carga (região onde há maior consumo de energia no país), com menores custos de transmissão, impactando positivamente o consumidor brasileiro. A geração da usina reduziria o acionamento de usinas térmicas com maior custo, disse o ministério.
(Por Roberto Samora)
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