Indicador Antecedente de Emprego no Brasil vai em setembro menor nível em quase 2 anos por incertezas, diz FGV
SÃO PAULO (Reuters) - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) mostrou em setembro um cenário de elevada incerteza no mercado de trabalho ao recuar pelo sétimo mês seguido e atingir o menor nível em quase dois anos, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 3,3 pontos e foi a 91,0 pontos em setembro, o menor resultado desde dezembro de 2016.
"A queda no Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) reflete a elevada incerteza quanto ao crescimento da atividade econômica futura do Brasil e, portanto, quanto à geração do emprego", explicou o economista da FGV/Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho em nota.
Seis dos sete componentes do IAEmp registraram queda, com destaque para o indicador que mensura o emprego local futuro da Sondagem do Consumidor, que recuou 6,8 pontos entre agosto e setembro.
O Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, aumentou 1,3 ponto em setembro, para 97,3 pontos, atingindo seu maior nível desde dezembro de 2017.
"O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) encontra-se estável, porém em nível elevado. Isto sinaliza o momento de dificuldade no mercado de trabalho enfrentado pelos trabalhadores, apesar da lenta redução observada na taxa de desemprego", completou Barbosa Filho.
A taxa de desemprego no Brasil caiu pela quinta vez seguida no trimestre até agosto e foi a 12,1 por cento, mas as apreensões devido ao ritmo fraco da economia continuam a afetar os trabalhadores, que seguem desanimados quanto ao mercado de trabalho, de acordo com dados do IBGE.
(Por Stéfani Inouye)
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