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Trump informa Congresso que abrirá negociações comerciais com UE, Reino Unido e Japão

16/10/2018 18h13

WASHINGTON (Reuters) - O gabinete do representante comercial dos Estados Unidos informou ao Congresso nesta terça-feira que pretende abrir negociações comerciais com a União Europeia, o Reino Unido e o Japão.

Sob as regras do chamado sistema "fast track", o governo dos Estados Unidos só podem começar negociações com a UE, Japão e Reino Unido 90 dias após avisarem o Congresso.

"Nós continuaremos a expandir o comércio e investimentos dos EUA ao negociar acordos comerciais com o Japão, UE e Reino Unido", disse o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, em comunicado. "Estamos comprometidos a concluir essas negociações com resultados oportunos e substantivos para trabalhadores, produtores, rancheiros e negócios norte-americanos."

As cartas de Lighthizer ao Congresso chegam semanas após os EUA obteve um acordo para renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) com o México e o Canadá, e no momento em que o governo enfrenta persistentes tensões comerciais com a China.

O governo visa "tratar tanto de barreiras tarifárias como não-tarifárias e alcançar um comércio mais justo e equilibrado", com a UE o Japão, segundo as cartas.

O Japão "é um importante, mas frequentemente ainda insatisfatório mercado para exportadores de bens dos EUA", segundo a carta. O texto nota que os EUA têm um déficit comercial de 69 bilhões de dólares em bens com o Japão e grande parte disso está no setor automobilístico.

A carta sobre a UE nota que o bloco e os EUA têm 1,1 trilhão de dólares em comércio anual na "maior e mais complexa" relação econômica do mundo e acrescentou que os EUA têm um déficit comercial de 151,4 bilhões de dólares em bens.

A carta ao Congresso sobre o Reino Unido diz que planeja começar negociações "assim que estiver pronto" após o Reino Unido deixar a UE em 29 de março. Os EUA querem desenvolver "obrigações de liderança para setores emergentes onde inovadores e empreendedores dos EUA e do Reino Unido são mais competitivos".

(Reportagem de David Shepardson)