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Itaú Unibanco tem lucro recorrente de R$6,45 bilhões no 3º tri

29/10/2018 20h18

SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco teve leve alta do lucro do terceiro trimestre, na esteira do recuo das despesas com perdas para calotes e no crescimento das margens com clientes, desempenho que mais do que compensando o aumento de gastos administrativos e a queda nas receitas com tarifas e serviços.

O maior banco privado da América Latina anunciou nesta segunda-feira que seu lucro recorrente de julho a setembro somou 6,454 bilhões de reais, um avanço de 3,2 por cento ante mesma etapa de 2017 e de 1,1 por cento na comparação sequencial.

O resultado recorrente foi quase 2 por cento menor que a média de previsões de analistas compilada pela Refinitiv, de 6,585 bilhões de reais.

Um dos destaques do período foi a carteira de crédito, que no fim de setembro somava 636,4 bilhões de reais, volume 10,65 por cento maior em 12 meses e 2,1 por cento acima do registrado no final de junho. Os maiores avanços aconteceram nas lucrativas linhas de pessoa física (+11,2 por cento em um ano) e de micro e pequenas empresas (+14,3 por cento).

"A maior representatividade desses produtos com spreads mais elevados gerou um aumento da margem com clientes", afirmou o banco no relatório de resultados.

Mesmo com a expansão do estoque, a qualidade da carteira ficou praticamente estável, com o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas recuando 0,3 ponto em 12 meses, a 2,9 por cento.

Com isso, o chamado custo do crédito, que computa as despesas com perdas esperadas com calotes, menos os valores recuperados de valores em atraso, somou 3,26 bilhões de reais, montante 18,2 por cento menor contra um ano antes. Em três meses, o valor recuou 9,4 por cento.

"No banco de atacado tivemos a reversão de uma provisão principalmente pela melhora na classificação de risco de um cliente específico", disse o banco, sem dar mais detalhes.

Em outra frente, as receitas do banco com tarifas e serviços e a área de seguros caíram 2,1 por cento ante o trimestre anterior, embora tenham subido 3,1 por cento contra mesma etapa de 2017, para 10,15 bilhões de reais.

A queda refletiu menores receitas com serviços de assessoria na área de bancos de investimento e com corretagem, compensado em parte pelo crescimento das receitas com cartões de crédito.

Além disso, as despesas administrativas subiram 3,1 por cento na base sequencial e de 7 por cento sobre um ano antes, para 12,65 bilhões de reais, movimento atribuído pelo banco ao reajuste de salários de empregados e à contratação de funcionários.

O Itaú Unibanco teve no terceiro trimestre uma rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 21,3 por cento, queda de 0,3 ponto percentual nas comparações sequencial e anual.

(Por Aluísio Alves)