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Importação de petróleo iraniano pela Ásia atinge mínima de 32 meses em setembro

31/10/2018 11h09

Por Osamu Tsukimori

TÓQUIO (Reuters) - As importações de petróleo iraniano por grandes compradores asiáticos atingiram uma mínima em 32 meses em setembro, conforme a China, a Coreia do Sul e o Japão cortaram acentuadamente as suas aquisições antes das iminentes sanções norte-americanas sobre Teerã, mostraram dados governamentais e de rastreamento de navios.

A China, a Índia, o Japão e a Coreia do Sul importaram 1,13 milhão de barris por dia do Irã no mês passado, de acordo com os dados, uma queda de 40,9 por cento ante o ano anterior. Isso marca o menor nível de importações desde janeiro de 2016, logo antes das sanções anteriores sobre Teerã terem sido suspensas.

Os Estados Unidos estão reimpondo as sanções contra as exportações de óleo do Irã a partir da semana que vem, como parte da tentativa do presidente Donald Trump de forçar o país do Oriente Médio a aceitar um acordo mais restritivo que limitaria o seu programa nuclear e de mísseis.

Washington está pressionando seus aliados a zerar as suas importações da commodity iraniana, e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, disse na semana passada que seria mais difícil os países conseguirem isenções das sanções no atual governo do que o era durante a administração de Barack Obama.

O Japão se juntou a Coreia do Sul interrompendo temporariamente as suas aquisições, mas três dos maiores clientes do Irã --Índia, China e Turquia-- estão resistindo ao apelo para suspender as compras, segundo fontes familiarizadas com o assunto.

As importações de petróleo iraniano pela Índia subiram 27 por cento em setembro ante igual mês de 2017, para 527,6 mil bpd, enquanto a Coreia do Sul zerou suas compras pela primeira vez desde setembro de 2012.

Já as compras da China recuaram 41,6 por cento na comparação anual, para 458 mil bpd, e o Japão reduziu as suas importações em 31 por cento, para 148,7 mil barris.

(Por Osamu Tsukimori)