Onyx diz que governo Bolsonaro estará fechado até fim de novembro
BRASÍLIA (Reuters) - O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro estará com a equipe fechada até o fim do mês de novembro "com certeza", e destacou que a nova gestão quer reduzir as estruturas ministeriais, não apenas o número de pastas na Esplanada.
Ao sair de uma reunião no apartamento funcional da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), escolhida por Bolsonaro para comandar o Ministério da Agricultura, Onyx disse que algumas estruturas da pasta da Agricultura vão para outros ministérios. Segundo ele, a área da pesca ficará na Agricultura pelo desenho do futuro governo, mas haverá remanejamentos.
O futuro chefe da Casa Civil disse também que ainda está em avaliação se a Fundação Nacional do Índio (Funai) vai permanecer no Ministério da Justiça, e afirmou ter tido conversas com Tereza Cristina e com o futuro titular da Justiça, Sérgio Moro, sobre o tema.
"A questão da Funai é muito mais de respeito à Constituição, à legislação, de diretriz de governo do que de onde propriamente ela está", disse. "Importante é saber que tem que equilibrar e dar espaços aos povos indígenas no Brasil de poder crescer e se desenvolver como foi feito em dezenas de países no mundo".
Onyx não quis adiantar quantos serão os ministérios do futuro governo, e destacou que reduzir o "gigante" que é a máquina pública federal não é fácil. Ele disse que a intenção é que até meados de dezembro as equipes estejam trabalhando, e que Bolsonaro determinou que quer iniciar no dia 1º de janeiro com um governo "estruturalmente enxuto e eficiente".
Onyx disse também que "provavelmente" o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ficará mais na Justiça do que na área econômica. Atualmente esse órgão está vinculado à pasta da Justiça, mas reportagens na imprensa indicaram que poderia ser levado para a superpasta da Economia a ser comandada pelo economista Paulo Guedes.
MINISTÉRIOS DO DEM
O futuro titular da Casa Civil repetiu mais uma vez que não há "questão partidária" envolvida na escolha por Bolsonaro de três ministros do DEM. Além do próprio Onyx, os futuros titulares da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (MS), e da Agricultura, Tereza Cristina (MS), são do DEM.
"Não existe esta conotação que alguns setores querem dar de que há uma articulação para privilegiar o DEM no governo Bolsonaro", disse.
Onyx repetiu que as indicações foram feitas por setores, e que o fato de os nomes serem filiados ao DEM é uma "coincidência".
(Por Ricardo Brito)
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