Acordo sobre Gibraltar salva encontro da UE para tratar do Brexit
Por Gabriela Baczynska e Alastair Macdonald
BRUXELAS (Reuters) - Um acordo obtido após 11 horas de negociações, sobre reivindicações da Espanha por um maior poder sobre Gibraltar com a saída dos britânicos da União Europeia, salvou um encontro da UE que agora pode seguir como planejado no domingo, na busca por uma resolução para a saída britânica do bloco.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, tem encontro marcado com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do encontro, Donald Tusk, e este último chegou a um acordo com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que ameaçava quebrar o consenso e não participar das reuniões de domingo.
"Após uma ligação entre os dois há alguns minutos, estamos mais próximos de ter o encontro de amanhã", disse no Twitter o porta-voz de Tusk, Preben Aamann.
O governo britânico divulgou uma carta do embaixador britânico na UE, Tim Barrow, para o chefe do secretariado de Tusk, de que o Reino Unido não presume que qualquer acordo comercial no futuro do bloco com os britânicos valha para Gibraltar.
Sánchez deve fazer uma declaração em Madri para destrinchar o acordo, segundo diplomatas, depois de negociadores de ambos os países terem virado a noite com autoridades da UE em busca de um acordo para esclarecer à Espanha como os acordos do Brexit seriam aplicados em Gibraltar.
Essas garantias devem ser parte de um comunicado conjunto dos 27 líderes da UE e adicionados às minutas do encontro da manhã de domingo, antes que May se reúna com os 27 pouco depois.
"As negociações com Espanha e Reino Unido vararam a noite", disse uma fonte diplomática.
"Em uma conversa telefônica agora, Tusk e Sánchez chegaram a um acordo sobre Gibraltar. O encontro vai continuar."
Muitos conhecedores dos bastidores de Bruxelas veem a chantagem de Sánchez como arma eleitoral interna. Ele enfrentará uma eleição regional na Andaluzia, província à qual Gibraltar pertenceria, segundo os espanhóis.
Porém, há 300 anos os britânicos mantêm um enclave e uma base naval no local, além de cerca de 30 mil cidadãos nos dias de hoje.
O maior obstáculo ao acordo do Brexit é a veemente oposição no Parlamento britânico. Sem sua aprovação, a Grã-Bretanha pode deixar o bloco, em 29 de março, sem um acordo para mitigar os problemas econômicos e jurídicos da saída.
(Reportagem adicional de Sarah Marsh em Havana; Belen Carreno e Julien Toyer em Madri; Alistair Smout, Elizabeth Piper e William James em Londres; Thomas Escritt em Berlin; e Padraic Halpin em Dublin)
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