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Bolsonaro diz que pode ser operado em 20 de janeiro

24/11/2018 12h03

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse neste sábado que, se tudo der certo, pode ser submetido a uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia em 20 de janeiro de 2019, após sua posse na Presidência.

Mas, segundo ele, a intervenção cirúrgica ainda dependerá de uma avaliação médica e da recuperação de uma inflamação detectada no peritônio, membrana que fica entre a parede do abdômen e os órgão digestivos.

Na véspera, ele esteve com médicos do hospital Albert Einstein, em São Paulo, para exames pré-operatórios, mas a inflamação foi detectada, provocando o adiamento da cirurgia que ocorreria em dezembro.

Bolsonaro afirmou ainda a jornalistas neste sábado, depois de participar de uma cerimônia militar na zona oeste do Rio de Janeiro, que voltará ao Albert Einstein no dia 19 de janeiro para uma nova avaliação.

Ele disse que, se estiver bem, pode ser operado no dia seguinte.

"Fiz uma nova avaliação, a recomendação, ou melhor, a decisão do doutor Macedo (médico) foi marcar dia 19 de janeiro para eu comparecer novamente em São Paulo, e se estiver em condições, dado o grave caso de infecção ainda, eu opero dia 20, do contrário, será novamente adiado", disse ele.

Bolsonaro admitiu que, às vezes, tem abusado e desobedecido a orientação dos médicos, e que continua proibido de fazer esforço prolongados.

Em setembro, Bolsonaro sofreu um ataque a faca durante evento da campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG) e passou pela colostomia, carregando junto ao corpo desde então uma bolsa que liga trechos de seu intestino.

A cirurgia de reversão visa retirar essa bolsa e reconectar o intestino do presidente eleito.

(Por Rodrigo Viga Gaier)