Preocupações com crescimento global voltam a enfraquecer Ibovespa
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - Preocupações com crescimento econômico global voltaram a enfraquecer a bolsa paulista nesta sexta-feira, ameaçando minar a recuperação do Ibovespa vista nos últimos três pregões, conforme dados sobre a China mostraram desaceleração, bem como a atividade na Europa continua perdendo tração.
Às 11:30, o Ibovespa caía 0,35 por cento, a 87.530,13 pontos. O volume financeiro somava 1,35 bilhão de reais.
O declínio ocorre após três pregões de alta, período em que o Ibovespa acumulou valorização de mais de 2 por cento, e corrobora para nova queda semanal do índice de referência do mercado acionário brasileiro.
A proximidade do vencimento dos contratos de opções sobre ações na bolsa paulista na segunda-feira é mais um componente afetando a direção dos negócios, uma vez que o exercício tem entre as séries mais líquidas papéis com relevante participação na composição do Ibovespa.
Para a equipe do BTG Pactual, o foco nesta sessão está voltado para o exterior, onde há realização de lucros em todos os mercados em razão de maior preocupação com uma desaceleração global mais forte do que projeções iniciais, conforme nota distribuída pela área de gestão de recursos do banco a clientes.
Na China, as vendas no varejo cresceram em novembro no ritmo mais fraco desde 2003 e a produção industrial aumentou à taxa mais fraca em quase três anos, enquanto empresas na zona do euro cresceram em dezembro no menor rimo em mais de quatro anos, conforme o Índice de Gerentes de Compras (PMI).
Tal panorama, além de reforçar temores sobre o ritmo do crescimento global, aumentava o desconforto com a atual disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, apesar de sinais mais positivos nessa semana dos dois gigantes econômicos para resolver o embate que tem estressado os mercados globais.
DESTAQUES
- USIMINAS PNA caía 1,76 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, após alta seguida nos últimos três pregões, período em que acumulou ganho de quase 11 por cento, com o setor de siderurgia como um todo no vermelho, embora em ritmo mais brando dado o panorama desfavorável no exterior.
- VALE perdia 0,8 por cento, também contaminada pelo cenário externo mais adverso, que enfraquecia papéis de mineradoras concorrentes da brasileira nos pregões europeus.
- SABESP recuava 1,1 por cento, com o clima mais negativo também abrindo espaço para realização de lucros após as ações subirem 9,7 por cento em três pregões, puxadas principalmente pelo salto na última quarta-feira após assinar acordo de prestação de serviços para Guarulhos.
- PETROBRAS PN cedia 0,7 por cento, em sessão também marcada pelo recuo dos preços do petróleo no mercado internacional. PETROBRAS ON mostrava declínio de 0,6 por cento.
- ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,4 por cento, também passando por correção negativa, enquanto BRADESCO PN caía 0,2 por cento.
- ELETROBRAS ON subia 3 por cento, após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspender efeitos de uma liminar que buscava anular o leilão de privatização de sua distribuidora no Amazonas, ao passo que confirmou o certame para vender unidade em Alagoas na semana que vem.
- MAGAZINE LUIZA avançava 1,8 por cento, em sessão com evento com investidores, além do anúncio de que comprou da startup mineira Softbox, especializada em soluções para empresas de varejo e indústria de bens de consumo que desejam fazer vendas digitais a consumidor final.
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