Senadores não necessariamente aprovarão a reforma da Previdência do governo, diz Alcolumbre
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), transmitiu nesta sexta-feira ao presidente Jair Bolsonaro a mensagem que a Casa está aberta a discutir a reforma da Previdência, mas não necessariamente irá aprovar o texto a ser enviado pelo governo no próximo dia 20.
Segundo Alcolumbre, que se reuniu com Bolsonaro nesta manhã, deve ser criada uma subcomissão do Senado para acompanhar as discussões da proposta enquanto ela tramitar na Câmara.
“Eu falei para ele (Bolsonaro) o que estou declarando na imprensa: eu sinto que o Senado está disposto a ajudar o Brasil. A conversa com os senadores sempre foi a mesma, eles querem ajudar o país, mas querem debater a reforma”, disse Alcolumbre a jornalistas.
“O Senado vai debater democraticamente, com a autoridade do Senado, que é a autoridade constituída pelo voto popular de debater a proposta. Então, não necessariamente o Senado vai aprovar o que o governo manda, não é só nessa matéria, todas as outras”, acrescentou.
O senador relatou ter informado o presidente que o “sentimento de aprovar a reforma é gigantesco”, mas será aprovado um texto que “os senadores entenderem como uma reforma boa para o Brasil”.
O presidente do Senado explicou que conversará com a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, senadora Simone Tebet (MDB-MS), sobre a criação da subcomissão no colegiado, na intenção de acompanhar a tramitação da proposta na Câmara e eventualmente fazer sugestões.
“Eu acho importante isso para a gente queimar etapas dentro da discussão”, disse o senador. “A matéria vai chegar no Senado bem arredondada para a gente dar a nossa opinião e votar a matéria”, afirmou Alcolumbre, que acredita na possibilidade de votação da reforma ainda no primeiro semestre.
BEBIANNO
Sobre a crise com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, em caso envolvendo a distribuição de recursos para candidaturas acusadas de serem de fachada no período que presidiu o PSL, Alcolumbre afirmou que a “crise é do governo” e que o mesmo deve buscar uma solução.
O senador tentou não opinar sobre declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que na véspera alertou para o risco de o caso contaminar as discussões sobre a reforma da Previdência, mas disse não acreditar que a crise trave o andamento da proposta.
“Acho que não (trava). Eu acho que os parlamentares, volto a repetir para vocês, eu estou falando pelo Senado, eu tenho conversado com muitos senadores nesse processo e os senadores têm o sentimento de aguardar a reforma para debater com a sociedade para votar a reforma.”
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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