Ibovespa fecha em baixa de 0,66% pressionado por Petrobras e bancos
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista fechou em queda nesta segunda-feira, pressionada pelo declínio dos papéis da Petrobras e de bancos, em sessão descolada de Wall Street, onde prevaleceu a expectativa por desfecho positivo nas negociações EUA-China.
Referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,66 por cento, a 97.239,90 pontos. O giro financeiro somou 12,57 bilhões de reais.
A reforma da Previdência seguiu no radar, com a pauta da contemplando eleição do presidente da Comissão de Constituição e Justiça - onde o texto precisa ser apreciado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que será muito difícil a PEC da Previdência tramitar até o envio do projeto de lei sobre a reforma previdenciária dos militares.
Análise gráfica da equipe da Santander Corretora destacou que uma forte pressão vendedora perdeu fôlego.
"Diante disso, a retomada da pressão compradora impulsionará a tendência de alta do índice, que encontra resistência em 98.500 pontos", afirmou em nota a clientes.
Dados sobre o capital externo no segmento Bovespa mostraram estrangeiros reticentes, com o fluxo no ano passando a ficar negativo em 5,9 milhões de reais. Em fevereiro até dia 21, o saldo estava negativo em 1,5 bilhão de reais.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN caiu 1,58 por cento, tendo como pano de fundo o forte recuo dos preços do petróleo, além de vazamento de óleo na plataforma P-58 da petrolífera durante transferência de óleo para navio na madrugada de sábado. PETROBRAS ON recuou 2,4 por cento.
- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,53 por cento, após ganhos na semana anterior, enquanto BRADESCO PN caiu 1,01 por cento. O UBS reiterou recomendação 'overweight' para bancos brasileiros no contexto do setor na América Latina e entre mercados emergentes, com recomendação 'compra' para Itaú Unibanco e 'neutra' para Bradesco.
- VALE fechou com acréscimo de 0,28 por cento.
- SABESP recuou 1,77 por cento, também em ajuste ao desempenho da semana anterior, quando subiu 2,45 por cento, em meio a dúvidas sobre o cenário de capitalização e eventual privatização da companhia de saneamento de São Paulo.
- B2W avançou 1,64 por cento, após comentário do BTG Pactual, com uma visão otimista de longo prazo, mantendo com recomendação de compra. Para o BTG, a B2W está construindo uma das plataformas de e-commerce mais bem-sucedidas do Brasil.
- CSN subiu 5,65 por cento diante de perspectivas favoráveis para a companhia após balanço trimestral considerado forte e sinalizações otimistas para preços e redução de endividamento em 2019. No setor, USIMINAS PNA avançou 2,92 por cento.
(Por Paula Arend Laier e Gabriela Mello; edição de Maria Pia Palermo e Aluísio Alves)
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