Justiça Federal de São Paulo condena Paulo Preto a 27 anos em caso do rodoanel
SÃO PAULO (Reuters) - A juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal Criminal em São Paulo, condenou nesta quinta-feira o ex-diretor da Dersa Paulo Viera de Souza, conhecido como Paulo Preto, a 27 anos e oito dias de prisão pela participação na formação de uma cartel para a construção do trecho sul do Rodoanel, que interliga as principais rodovias da região metropolitana da capital paulista.
Souza, que já havia sido preso no ano passado e foi preso novamente na semana passada, na 60ª operação da Lava Jato, é apontado como operador financeiro do PSDB.
O esquema objeto da denúncia que levou à condenação nesta quinta-feira seria baseado num conluio entre construtoras que, a partir de 2004, atuaram para eliminar a concorrência e coordenar a definição dos preços de execução dos serviços.
Segundo nota do Ministério Público Federal, o processo, que inclui além de Souza mais 32 réus, "foi desmembrado em 8 ações penais a pedido do MPF, para garantir maior celeridade à tramitação".
Além desse processo, informa o MPF, Souza também responde a outra ação na Justiça Federal de São Paulo, acusado de desvios de recursos que deveriam ser aplicados na indenização de moradores impactados pelas obras entorno do trecho sul do Rodoanel e da ampliação da avenida Jacu Pêssego.
O ex-diretor da Dersa (estatal paulista de rodovias) tem negado as acusações.
(Por Alexandre Caverni)
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