Ibovespa fecha em alta com notícias sobre Previdência e melhora em NY
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta e acima dos 95 mil pontos nesta sexta-feira, em meio a noticiário mais favorável sobre a reforma da Previdência e melhora em Nova York, apesar de dados da China e Estados Unidos endossando apreensões com o ritmo do crescimento econômico mundial.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,09 por cento, a 95.364,85 pontos, encerrando perto da máxima da sessão (95.475,68 pontos). O giro financeiro do pregão somou 16,3 bilhões de reais. Na semana, mais curta em razão do Carnaval, avançou 0,8 por cento.
Após uma abertura mais negativa, pressionado pelo cenário externo, o Ibovespa passou a oscilar no campo positivo em meio a novas declarações do presidente Jair Bolsonaro defendendo a reforma da Previdência, que ele considera ser possível aprovar no primeiro semestre.
A alta acelerou à tarde, após entrevista do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Estadão, na qual ele disse que Bolsonaro "fará sua parte" para garantir a aprovação da reforma ainda neste ano e que mapeamento do governo indica faltar apenas 48 votos para a reforma passar na Câmara dos Deputados.
Perto do fechamento do pregão, o porta-voz da Presidência disse não ter conhecimento sobre mapa de votos para aprovação da PEC da Previdência.
"O mercado está tentando acreditar na agenda propositiva de 2019", afirmou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, destacando também fala do presidente da Câmara dos Deputados sobre a instalação na CCJ na próxima semana.
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que marcou para a quarta-feira a instalação da Comissão de Constituição e Justiça, primeiro colegiado em que a reforma tramitará.
As novidades repercutiram bem entre agentes no mercado, que vêm adotando posições mais cautelosas dada a ausência de avanços efetivos quanto à reforma e explicitando a necessidade de maior engajamento do presidente e do governo na defesa da reforma.
No começo do pregão, o Ibovespa recuou mais de 1 por cento, indo abaixo de 94 mil pontos, conforme números sobre as exportações chinesas e a criação de empregos nos EUA em fevereiro acentuaram temores sobre o ritmo do crescimento econômico global.
Em Wall Street, o S&P 500 também reduziu as perdas, o que ajudou na melhora doméstica, fechando em baixa de 0,2 por cento, após recuar quase 1 por cento no pior momento.
A partir de segunda-feira, o horário de negociação do mercado à vista volta para o intervalo de 10h às 16h55, com call de fechamento de 16h55 às 17h. O horário de negociação do after-market será das 17h30 às 18h.
DESTAQUES
- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 1,19 por cento, com bancos entre as maiores contribuições positivas para o Ibovespa, com BRADESCO PN valorizando-se 1,39 por cento. BANCO DO BRASIL avançou 3,51 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT subiu 0,89 por cento.
- ESTÁCIO subiu 8,08 por cento e KROTON avançou 7,71 por cento, entre as maiores altas da sessão.
- RD fechou com elevação de 6,40 por cento, em meio a movimentos de 'short squeeze', com detentores de ações da rede de varejo farmacêutico pedindo de volta (recall) papéis que haviam alugado e, assim, levando os investidores que alugaram e venderam a recomprar as ações no mercado.
- CSN recuou 6,65 por cento, no segundo dia de ajuste após fortes ganhos recentes, que levaram o papel a fechar na quarta-feira na máxima desde junho de 2011, a 15,15 reais. No setor siderúrgico, GERDAU PN caiu 0,14 por cento, mas USIMINAS PNA subiu 0,42 por cento.
- PETROBRAS PN terminou em baixa de 0,37 por cento, contaminada pelo declínio dos preços do petróleo no exterior. PETROBRAS ON cedeu 0,75 por cento.
- VALE encerrou quase estável, em meio ao noticiário desfavorável sobre o ritmo de atividade econômica da China, além de queda dos preços do minério de ferro na esteira de preocupações com a demanda. BRADESPAR PN, holding que concentra investimentos na mineradora, perdeu 0,2 por cento.
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