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Mercado de trabalho dos EUA reduz ímpeto; inflação de importados permanece benigna

14/03/2019 13h29

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego na semana passada cresceu mais que o esperado, sugerindo que o mercado de trabalho está desacelerando, mas provavelmente não ao ponto temido após uma quase estagnação no crescimento de empregos em fevereiro.

Apesar de dados divulgados nesta quinta-feira mostrarem que os preços dos importados tiveram em fevereiro a maior alta em nove meses, a tendência da inflação de importados permaneceu fraca. Os preços de importação caíram na comparação anual pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro.

Notícias sobre o mercado imobiliário continuam negativas, ]com vendas de novas moradias caindo em janeiro mais que o esperado. O fluxo de dados continua amplamente sustentando a postura de "paciência" do Federal Reserve com relação a novas altas de juros neste ano.

Autoridades do Fed vão se reunir na próxima terça e quarta-feira para decidir sobre política monetária.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentaram em 6 mil, para 229 mil em dados ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 9 de março, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Os dados da semana anterior não foram revisados. [nZON17J706]

Economistas consultados pela Reuters projetavam pedidos crescendo a 225 mil na semana passada. Os pedidos têm pairado no meio da faixa de 200 mil a 253 mil neste ano.

Também nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio disse que vendas de novas moradias recuaram 6,9 por cento em janeiro, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 607 mil unidades. O ritmo de vendas de dezembro foi revisado para 652 mil unidades, acima das 621 mil unidades anteriormente reportadas. [nL1N2110OY]

Economistas tinham projetado que as vendas de novas moradias, que correspondem a cerca de 11 por cento de vendas de moradias do mercado, cairiam 0,6 por cento, a um ritmo de 620 mil unidades em janeiro.

Em um terceiro relatório divulgado nesta quinta-feira, o Departamento de Trabalho disse que os preços de importados subiram 0,6 por cento no mês passado, impulsionados por aumentos nos custos de combustíveis e bens de consumo. Foi o maior ganho desde maio e ocorreu após uma revisão, de alta, da taxa de janeiro, atualizada para elevação de 0,1 por cento.

Economistas consultados pela Reuters previam que os preços de importados subiriam 0,3 por cento em fevereiro, após uma queda reportada anteriormente de 0,5 por cento em janeiro.

(Por Lucia Mutikani)