Entre críticas por articulação, Economia diz em estudo que reforma da Previdência reduz desigualdade
BRASÍLIA (Reuters) - Em novo estudo de defesa à reforma da Previdência publicado nesta quinta-feira (21), o ministério da Economia avalia que uma aprovação do texto enviado ao Congresso reduziria a desigualdade de renda no país.
O reforço na importância da reforma vem num momento em que parlamentares têm reclamado da falta de articulação do governo com o Legislativo.
Segundo o documento divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta, a renda dos 10% mais pobres da população deve crescer em média 3,48%, entre 2019 e 2023, com a aprovação da proposta de emenda a constituição (PEC) da Previdência. Sem a aprovação, haveria queda de 0,54% nas mesmas condições.
Por outro lado, os 10% mais ricos teriam ganho médio de 2,63% de renda, no mesmo período. Dessa forma, o ministério defende que haveria uma convergência, no longo prazo, para uma maior igualdade entre os brasileiros.
"A Nova Previdência traz ganhos a todos os brasileiros, mas favorece, particularmente, aqueles com renda mais baixa, cuja renda média terá maior aumento", conforme o texto publicado nesta quinta-feira.
O estudo ainda afirma que a nova Previdência criará um cenário favorável para uma melhora geral da economia, com geração de mais empregos formais e estímulo a investimentos.
No mês anterior, a mesma secretaria publicou outro estudo no qual relacionou a reforma previdenciária com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A publicação apontava que, sem a reforma da Previdência, o PIB per capta cairá ainda mais, depois de um desempenho já considerado dramático na atual década.
O Ministério da Economia sai mais uma vez em defesa da reforma, vista como prioridade pelo governo para o equilíbrio das contas públicas, um dia após a recepção conturbada do projeto que altera regras de Previdência das Forças Armadas.
Mais cedo nesta quinta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados cancelou audiência na qual seria anunciado o nome do relator da reforma da Previdência. O motivo teria sido justamente para que o Ministério da Economia dê mais esclarecimentos sobre a proposta para militares.
O governo tem enfrentado dificuldades na articulação com o Congresso para aprovação do projeto, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fazendo duras críticas a posturas de ministros na véspera.
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