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Ibovespa tem sessão sem viés claro; Petrobras e Vale sobem com alta de commodities

08/04/2019 11h37

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista não mostrava uma tendência clara nesta segunda-feira, em meio a um ambiente mais cauteloso em praças acionárias no exterior, mas avanço em commodities, com as ações da Petrobras entre as maiores altas do Ibovespa após venda de fatia da TAG por 8,6 bilhões de dólares.

Às 11:31, o principal índice de ações da B3 subia 0,1 por cento, a 97.206,41 pontos. Até o momento, o Ibovespa alcançou 97.610,25 pontos na máxima e tocou 96.901,15 pontos na mínima. O volume financeiro somava 3,3 bilhões de reais.

No exterior, Wall Street começava a semana com alguma fraqueza, com investidores aguardando a resolução das discussões comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto as ações da Boeing pressionavam o Dow Jones após a fabricante de aviões cortar produção jato 737 MAX.

A equipe da Ágora Investimentos também chama a atenção para alguma cautela no exterior antes do começo da temporada de balanços corporativos nos EUA.

No Brasil, o gestor de portfólio Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos, destaca que o foco continua voltado para o cenário político, embora o quadro externo venha ajudando o Brasil, com ambiente mais positivo para emergentes.

Nesse contexto, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputado tende a continuar sob os holofotes, com a expectativa de que relatório sobre a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência seja apresentado na terça-feira.

"Agora é acompanhar o político para que a reforma da Previdência tenha seu caminho traçado. Os ruídos são inevitáveis, mas o caminho ainda está dentro do esperado", avaliou Foureaux.

A Ágora acrescenta que os agentes de mercado seguem em busca de pistas sobre a formação da base aliada do governo para o avanço da reforma no Congresso, conforme relatório a clientes.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN subiam 2 e 1,29 por cento, respectivamente, após a francesa Engie e o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) comprarem 90 por cento de sua unidade Transportadora Associada de Gás (TAG) por 8,6 bilhões de dólares. As ações da petrolífera de controle estatal também tinham de pano de fundo a alta dos preços do petróleo e melhora na recomendação dos ADRs por analistas do Credit Suisse para 'ouperform'.

- CEMIG PN avançava 3,27 por cento, maior alta do Ibovespa, em meio a expectativas sobre a privatição da elétrica controlada pelo governo mineiro, após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmar à Bloomberg que um plano para a privatização da companhia será encaminhado à Assembleia Legislativa e poderá ser aprovado ainda neste ano.

- VALE valorizava-se 1,6 por cento, tendo de pano de fundo alta nos preços do minério de ferro na China. Analistas do Bradesco BBI reafirmaram a recomendação 'outperform' para as ações de mineradora, bem como sua preferência pelos papéis no universo de cobertura de matérias-primas na América Latina, enquanto elevaram o preço-alvo para 66 reais. Eles veem o preço do minério de ferro oscilando na faixa de 80 a 100 dólares a tonelada durante 2019.

- CCR valorizava-se 2,11 por cento, em sessão marcada por encontro da empresa com investidores. ECORODOVIAS também figurava entre os maiores ganhos do Ibovespa, com elevação de 1,94 por cento.

- CIELO perdia 2,26 por cento, conforme permanece pressionada por incertezas sobre o efeito em seu resultado com o aumento da competição no setor de meios de pagamentos. Na semana passada, analistas do Santander cortaram o preço-alvo da ação de 10 para 8 reais, com recomendação 'underpeform', citando expectativas baixas para o desempenho do primeiro trimestre.

- MULTIPLAN recuava 2,1 por cento, em sessão negativa no setor de shopping centers, com BR MALLS caindo 1,44 por cento e IGUATEMI em baixa de 1,64 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,64 por cento, pesando do lado negativo dada a fatia relevante que detém no Ibovespa, enquanto BRADESCO PN cedia 0,38 por cento. BANCO DO BRASIL mostrava estabilidade.