Rede, do Itaú Unibanco, rejeita acusação de prática de preço predatório
Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - A credenciadora de cartões Rede, do Itaú Unibanco, rebateu nesta quarta-feira acusações de rivais de que esteja praticando preços predatórios, venda casada ou subsídios cruzados, em nova capítulo do aumento da concorrência no setor de meios eletrônicos de pagamentos no país.
A manifestação veio após a Abipag, entidade que representa algumas empresas do setor, ter divulgado "informações infundadas" a respeito da nova política comercial da companhia, afirmou a Rede em comunicado.
O presidente da Abipag é também diretor comercial da Stone, cuja ação foi uma das que mais caíram na semana passada após a Rede ter anunciado que vai zerar a cobrança de taxas sobre antecipação de recebíveis a lojistas a partir de 2 de maio.
Logo em seguida, outras empresas do setor, incluindo PagSeguro e Safrapay, também anunciaram reduções ou isenções de tarifas em certas transações.
Na nota, a Rede afirmou que, pela legislação do país, sua oferta não se caracteriza uma venda casada, prática proibida e que implica na oferta de um determinado benefício desde que o cliente compre outro produto ou serviço.
"Não há qualquer prática predatória, uma vez que a Rede permanecerá uma empresa saudável e rentável mesmo considerando os custos associados à oferta de tal condição diferenciada. Não será necessário um eventual reajuste do MDR (taxa por operação) ou de quaisquer outras taxas praticadas com nossos clientes para uma suposta compensação da condição diferenciada oferecida", diz o comunicado.
Por fim, a Rede afirmou que sua iniciativa está em linha com as práticas internacionais do setor e que alguns concorrentes anunciaram condições semelhantes logo após sua divulgação.
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