China deve ter mais afrouxamento monetário com desaceleração de empréstimos e aumento de riscos comerciais
Por Yawen Chen e Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - Os bancos chineses reduziram o número de novos empréstimos em abril após um primeiro trimestre recorde que provocou temores de maior inadimplência, mas analistas dizem que o banco central provavelmente terá que aumentar o suporte à economia, à medida que as tensões comerciais com os Estados Unidos se intensificam.
Investidores globais estão observando atentamente para ver quanto mais apoio Pequim vai injetar para sustentar o crescimento do país. Mas essas expectativas estão em grande oscilação, já que uma súbita piora nos laços diplomáticos ameaça a recuperação chinesa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu os mercados financeiros nesta semana ao anunciar que aumentará as tarifas sobre produtos chineses na sexta-feira, a menos que Pequim concorde com um acordo comercial, intensificando a disputa após meses de negociações. Pequim prometeu retaliar.
O ressurgimento dos riscos externos ocorre no momento em que a economia da China começa a mostrar sinais preliminares de estabilização após uma série de medidas para impulsionar o crescimento.
Mais empréstimos bancários modestos no mês passado sugeriram que o banco central estava ajustando a política monetária diante de recentes dados encorajadores e preocupações sobre o rápido aumento da dívida, disseram economistas do Nomura em nota.
Mas acrescentaram: "Esperamos uma recuperação do dinheiro e do crédito em maio".
"A súbita intensificação das tensões comerciais entre EUA e China e a recente queda acentuada dos preços das ações podem convencer Pequim a adotar novas medidas de flexibilização para fortalecer a confiança e estabilizar o crescimento".
Os bancos chineses ofereceram 1,02 trilhão de iuanes (150,16 bilhões de dólares) em empréstimos líquidos em abril, disse o banco central, bem abaixo das expectativas dos analistas de 1,2 trilhão de iuanes em uma pesquisa da Reuters, após 1,69 trilhões de iuanes em março.
O crescimento do total do financiamento social total, uma medida ampla de crédito e liquidez na economia, desacelerou para 10,4 por cento em relação ao ano anterior, de 10,7 por cento em março. O crescimento do financiamento social é uma medida aproximada das condições de crédito.
"A desaceleração no crescimento do crédito ressalta a necessidade de mais flexibilização da política monetária, a fim de manter o crédito em expansão rápida o suficiente para fornecer um piso para o crescimento econômico", disse Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics, em nota.
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