Déficit comercial dos EUA com a China atinge mínima de 5 anos
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O déficit comercial dos Estados Unidos com a China, foco da agenda "América Primeiro" do presidente norte-americano, Donald Trump, caiu para o menor nível em cinco anos em março, em meio a um aumento nas exportações, incluindo de soja.
O relatório do Departamento de Comércio nesta quinta-feira foi divulgado em meio a crescentes tensões comerciais entre Washington e Pequim. Trump disse no domingo que aumentará as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em mercadorias chinesas de 10 para 25 por cento na sexta-feira. A China prometeu retaliar se as tarifas entrarem em vigor.
A Reuters, citando fontes do governo dos EUA, informou na quarta-feira que a China recuou em quase todos os aspectos de um acordo comercial entre Washington e Pequim.
O déficit comercial com a China diminuiu 16,2 por cento, para um valor não ajustado de 20,7 bilhões de dólares, o nível mais baixo desde março de 2014. As importações de produtos da segunda maior economia do mundo caíram 6,1 por cento. As exportações para a China cresceram 23,6 por cento em março.
Quando ajustado pelas flutuações sazonais, o déficit com a China foi de 28,3 bilhões de dólares. Esse foi o menor nível desde abril de 2016 e seguiu-se a um déficit de 30,1 bilhões de dólares em fevereiro.
No ano passado, Washington impôs tarifas sobre 250 bilhões de dólares em produtos importados da China, com Pequim respondendo com tarifas sobre 110 bilhões de dólares em produtos norte-americanos.
O déficit comercial total dos EUA aumentou 1,5 por cento, para 50 bilhões de dólares em março. Economistas consultados pela Reuters previam que o déficit comercial se ampliaria para 50,2 bilhões de dólares em março.
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