Marinho diz que Brasil terá sérias dificuldades no 2º semestre sem Previdência
Por Rodrigo e Viga e Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil terá sérias dificuldades no segundo semestre se não for feita a reforma da Previdência, afirmou nesta quinta-feira o secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
O secretário disse também que continua com expectativa de que a reforma previdenciária seja encaminhada ao Congresso ainda neste primeiro semestre.
"Temos um ambiente propício para que o debate ocorra na maior tranquilidade; então no fim do mês, apresentado o relatório e votado no princípio de junho, há condições de se resolver a tramitação na Câmara no primeiro semestre", disse Marinho em evento no Rio de Janeiro.
Ele ressalvou, contudo, que entre resistências alguns Estados não têm se engajado em prol da aprovação da matéria, o que ameaçaria a economia prevista ao longo de dez anos, de cerca de 1,2 trilhão de reais.
"As pessoas precisam entender que se o Brasil continuar como está e se não conseguirmos levar a cabo a reforma que estamos propondo... vamos ter sérias dificuldades a partir do segundo semestre."
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda as regras para a aposentadoria encontra-se em comissão especial da Câmara dos Deputados para discussão.
Marinho afirmou não ter dúvidas de que o relatório da reforma será votado no fim de maio ou início de junho. Na véspera, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou a jornalistas que a expectativa é de aprovação da reforma na Casa num "prazo razoável".
Marinho frisou que o Brasil precisa voltar a um ciclo virtuoso de crescimento, mas que essa transformação passa pela reestruturação fiscal.
"Basta ver o boletim Focus, que já dá um frisson com reavaliação toda hora na expectativa do PIB. E veja como está o mercado de trabalho", completou ele, destacando que é a reestruturação fiscal que dará confiança e previsibilidade ao país.
As expectativas do mercado para o crescimento econômico do Brasil vêm sofrendo sucessivas reduções. A pesquisa Focus mais recente realizada pelo Banco Central com uma centena de economistas mostrou que os analistas consultados veem expansão de 1,49 por cento em 2019, indo a 2,50 no próximo ano.
Em audiência pública na comissão especial que analisa a proposta na Câmara dos Deputados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a proposta de nova Previdência ataca privilégios e uma dinâmica de transferência perversa de renda em contraposição ao modelo atual, mas não mencionou, num primeiro momento, a economia que o governo almeja com a investida.
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