Vendas no varejo do Brasil sobem 0,3% em março, diz IBGE
RIO DE JANEIRO, 9 Mai (Reuters) - As vendas no varejo do Brasil subiram menos do que o esperado em março e encerraram o primeiro trimestre com leve ganho, em um ritmo modesto refletindo o cenário de fraqueza econômica no país. Na comparação com o mês anterior, as vendas varejistas tiveram ganho de 0,3%, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse foi o resultado mais fraco para o mês de março em dois anos e ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,8%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve recuo de 4,5%, interrompendo sete meses de alta e numa contração mais forte do que a projeção de perda de 2,63% na mediana das estimativas.
Dessa forma, as vendas no varejo terminaram o primeiro trimestre com alta de 0,2% sobre os três últimos meses de 2018, mostrando perda de força ante o ganho de 0,6% do quarto trimestre sobre o período anterior.
O varejo reflete o cenário de morosidade da economia apesar da inflação moderada, com um mercado de trabalho com mais de 13 milhões de desempregados. A indústria já havia mostrado em março queda de 1,3%, pior resultado para o mês em dois anos.
"Houve uma desaceleração, uma perda de ritmo no trimestre provocada pela baixa da atividade econômica, um mercado de trabalho com muitos desempregados e informais e uma subida de preços de alimentos e combustíveis. Isso afetou o poder de compra das pessoas no trimestre", explicou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
5 das 8 atividades tiveram queda
O IBGE apontou que, entre as atividades pesquisadas no varejo, as vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos aumentaram 1,4% e as de Outros artigos de uso pessoal e doméstico subiram 0,7%. A comercialização de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação subiram 2,9%.
Entretanto, cinco das oito atividades tiveram queda nas vendas, com destaque para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,8%).
No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, houve aumento de 1,1% das vendas em março sobre o mês anterior, com crescimento de 4,5% entre Veículos e motos, partes e peças e de 2,1% de Material de construção.
As expectativas do mercado para o crescimento econômico do Brasil vêm sofrendo sucessivas reduções.A pesquisa Focus mais recente do Banco Central mostrou que os economistas consultados veem expansão de 1,49% em 2019, indo a 2,5% no próximo ano.
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