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Barkin, do Fed, não vê motivos para alta ou corte de juros

15/05/2019 15h36

NOVA YORK (Reuters) - O forte crescimento econômico dos Estados Unidos e a inflação moderada mostram que não há argumentos para um aumento ou corte de juros neste momento, embora a confiança dos empresários esteja frágil, disse nesta quarta-feira o presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin.

"Não há uma justificativa forte para elevar a taxa de juros quando a inflação está sob controle; não há um argumento forte para diminuir os juros enquanto o crescimento permanecer saudável", disse Barkin em declarações preparadas para evento no New York Association of Business Economists.

O Fed manteve os juros em seu nível atual de entre 2,25% e 2,50% este ano, em meio à queda nos mercados e questões sobre a sustentabilidade do crescimento econômico diante de questões que incluem o conflito comercial entre Pequim e Washington, que vem prejudicando o otimismo de muitas empresas sobre o futuro.

A inflação está abaixo da meta de 2% do Fed, deixando o banco central dos EUA sem pressa para aumentar os juros. Os mercados estão se posicionando para a possibilidade de que o próximo movimento do Fed seja de um corte.

Barkin disse que os contatos empresariais no distrito de seu banco regional, que abrange partes do sul e do meio-oeste dos EUA, da Carolina do Sul até Washington, veem uma economia que é "boa, mas não espetacular".

O aumento do nível de endividamento das empresas norte-americanas pode influenciar a forma como os executivos respondem às más notícias, fazendo com que eles potencialmente reajam de forma excessiva às quedas temporárias do mercado ao aumentar ou desacelerar o nível de investimento, disse ele.

Enquanto os consumidores têm boas perspectivas de renda e alta poupança, as empresas não sentem que podem aumentar os preços e estão preocupadas com o futuro, assim como com a polarização política, disse Barkin.

Mas essas empresas ainda não estão cortando investimentos, empregos ou gastos discricionários, levando Barkin a acreditar que a economia está "sólida", mesmo que "a confiança - especialmente a confiança nos negócios - seja frágil".

(Por Trevor Hunnicutt)