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Dólar tem leves variações ante real após queda no PIB do 1º tri e monitorando exterior

30/05/2019 10h35

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tem leves variações ante o real nesta quinta-feira, com investidores digerindo a contração da economia brasileira no 1º trimestre do ano e trazendo no radar o PIB dos Estados Unidos e desdobramentos da disputa comercial entre EUA e China.

Às 10:34, o dólar operava estável, a 3,9760 reais na venda

Na véspera, a divisa norte-americana fechou em baixa de 1,20%, a 3,9761 reais na venda, encerrando abaixo dos 4 reais pela primeira vez em duas semanas.

O dólar futuro rondava a estabilidade neste pregão.

Segundo a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte, o movimento do câmbio de depreciação neste pregão é uma resposta ao Produto Interno Bruto brasileiro no primeiro trimestre, que mostrou contração na economia pela primeira vez desde 2016.

"O destaque do PIB desse 1º trimestre foi os investimentos, que caíram quase 2% no 1º trimestre ante o trimestre anterior. Isso, na minha opinião, está muito em linha com a confiança dos empresários", explicou Fernanda.

No exterior, o dólar era fortalecido pela divulgação do PIB norte-americano, que mostrou crescimento de 3,1% da economia no 1º trimestre, em linha com a expectativa.

Embora tenha sido ligeiramente revisado para baixo em relação ao informado antes, o resultado do PIB dos EUA reforça o diagnóstico de que a economia norte-americana segue punjante, avaliou Fernanda, acrescentando que, em sua opinião, isso inclusive eleva o poder de barganha do presidente norte-americano, Donald Trump, no âmbito da disputa comercial com a China.

Nesta quinta-feira, Trump voltou a dizer que os EUA estão indo bem com a China e que os chineses gostariam de fazer um acordo comercial.

A prolongada disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, no entanto, ainda permanece nas preocupações de agentes financeiros e limitava ganhos de ativos emergentes.

O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de 10,089 bilhões de dólares.

(Por Laís Martins)