Bolsonaro diz que filho Eduardo deve decidir se aceita ser embaixador nos EUA
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta quarta-feira que seu filho Eduardo Bolsonaro foi convidado para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos ao assinalar que, neste momento, cabe apenas a ele aceitar ou não o posto.
"A decisão é dele", disse Bolsonaro a jornalistas, após a posse do novo diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem Rodrigues.
"Não quero decidir por ele o seu futuro, se legislação disser que tem que renunciar ao mandato", ponderou Bolsonaro, já que Eduardo é deputado federal pelo PSL.
"Da minha parte eu decidi agora, mas não é fácil uma decisão como essa estando no lugar dele, renunciando a um mandato sendo parlamentar mais votado do Brasil, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional", acrescentou.
O presidente foi questionado após o site Brazil Journal noticiar que Eduardo deveria ser indicado para o cargo. Pela legislação, o filho do presidente precisará mesmo renunciar ao mandato para poder assumir a embaixada.
Bolsonaro afirmou que o filho poderia ser a pessoa adequada para o cargo e que daria conta do recado "perfeitamente" em Washington, também destacando os contatos já travados por Eduardo junto ao círculo do presidente norte-americano Donald Trump.
"Imagina se estivesse no Brasil aqui o filho do (presidente argentino Mauricio) Macri como embaixador da Argentina? Obviamente que o tratamento a ele seria diferente de outro embaixador", disse.
Para ser embaixador, pela legislação brasileira, o titular do cargo precisa ter pelo menos 35 anos. Eduardo Bolsonaro completou 35 anos na quarta-feira
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