Kudlow diz que Casa Branca "descartou" intervenção cambial
Por Makini Brice
WASHINGTON (Reuters) - O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos "descartaram" intervenção nos mercados de câmbio para afetar o valor do dólar, embora o governo do presidente Donald Trump esteja preocupado que outros países estejam deliberadamente enfraquecendo suas moedas.
"Na semana passada, tivemos uma reunião com o presidente e os diretores econômicos e descartamos qualquer intervenção cambial", disse Kudlow em entrevista à CNBC.
Trump tem reclamado publicamente da força do dólar norte-americano, dizendo que isso prejudica a competitividade do país. Mas Kudlow contestou a afirmação de que o presidente quer um dólar mais fraco.
"Eu não concordo com sua afirmação de que o presidente quer um dólar fraco", disse Kudlow.
"A preocupação do presidente é que outros países possam estar manipulando suas próprias moedas para tentar obter vantagem comercial temporária e de curto prazo", acrescentou Kudlow.
Posteriormente, Kudlow disse a jornalistas que o presidente Trump quer um dólar estável.
Em um tuíte publicado na segunda-feira, Trump reclamou que era "muito injusto que outros países manipulassem suas moedas". O presidente dos EUA tem responsabilizado a política monetária do Federal Reserve por grande parte da força do dólar e demandado que o banco central corte o juro na semana que vem.
O Fed vinha elevando as taxas de juros até o final do ano passado, e a diferença substancial entre os custos de empréstimos dos EUA e de outras economias desenvolvidas tem sido vista como um catalisador para a força do dólar.
Mas o Fed deve cortar os juros na reunião da próxima semana, como resposta ao que classifica como efeitos negativos sobre a economia decorrentes das políticas comerciais de Trump.
Nos últimos 12 meses, o índice do dólar subiu cerca de 3,5%, em grande medida por causa da valorização frente ao euro. Nesta sexta-feira, o índice alcançou o maior nível em dois meses e está a apenas 0,5% dos patamares mais altos em mais de dois anos.
Em relação ao yuan chinês, o dólar acumula alta de 1,4% nos últimos 12 meses. Boa parte desse ganho foi conquistada a partir de maio, depois que Trump aumentou tarifas sobre bilhões de dólares das importações chinesas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.