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Norueguesa Mowi considera interromper compras de soja do Brasil por crise ambiental

Victor Moriyama / Greenpeace
Imagem: Victor Moriyama / Greenpeace

Reportagem de Terje Solsvik

Em Oslo

28/08/2019 18h11

A criadora de peixes Mowi, maior produtora de salmão do mundo, pode interromper aquisições de soja do Brasil para suas unidades de piscicultura caso o país não reduza o desmatamento na Amazônia, disse hoje a empresa norueguesa.

Os incêndios na floresta amazônica avançaram neste ano, enquanto as políticas de proteção ambiental brasileiras foram enfraquecidas, gerando uma forte reação internacional contra o presidente Jair Bolsonaro e seu governo.

"O tratamento dado à Amazônia é inaceitável. A Mowi terá de considerar a busca por outros fornecedores de matérias-primas para ração, a não ser que a situação melhore", disse em um comunicado a diretora de Sustentabilidade da empresa, Catarina Martins.

A companhia, que deve vender cerca de 430 mil toneladas de salmão neste ano, também é uma grande produtora de ração para peixes.

"A Mowi compra (soja) de fornecedores certificados, e pode garantir que nossos suprimentos não estão relacionados ao desmatamento ou às violações de direitos humanos", afirmou Martins.

"Entretanto, é importante que nós e todos os outros que compram produtos do Brasil afirmemos claramente que a floresta amazônica precisa ser preservada e que a atual situação é inaceitável", acrescentou.