Ibovespa sobe com bancos em sessão mista no exterior
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O índice de referência da bolsa paulista nesta sexta-feira, mais uma vez com bancos entre os principais suportes, enquanto agentes financeiros contrabalançam números sobre emprego nos EUA e corte de compulsório na China, tendo de pano de fundo a falta de viés definido em Wall Street e queda nos preços do petróleo.
Às 11:23, o Ibovespa subia 0,49 %, a 102.748,23 pontos. O volume financeiro somava 3,169 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho divulgou a criação de 130 mil postos de trabalho na folha de pagamento não agrícola em agosto, aquém das expectativas no mercado, e taxa de desemprego em 3,7%, enquanto o salário médio por hora trabalhada subiu 0,4%.
Apesar de números mais fracos de emprego endossarem apostas de cortes nos juros norte-americanos, a melhora na renda atenua prognósticos de ações mais agressivas pelo Federal Reserve.
Além do 'payroll', também repercutia decisão do banco central da China de reduzir a quantidade de dinheiro que os bancos devem reter como reservas, liberando um total de 900 bilhões de iuanes (126,35 bilhões de dólares) em liquidez para dar fôlego à economia em desaceleração.
Em Wall Street, o S&P 500 não mostrava uma direção clara, com acréscimo de 0,06%, após já ter oscilado nos campos positivo e negativo.
Investidores agora esperam fala do chairman do Fed, Jerome Powell, prevista para o começo da tarde no Brasil, que, conforme lembrou a equipe da corretora Planner, é aguardada como um direcionador da decisão sobre os juros.
DESTAQUES
- ITAÚ UNIBANCO PN subia 2,09% e BRADESCO PN avançava 2,35%, enquanto BANCO DO BRASIL tinha alta de 2,68% e SANTANDER BRASIL UNIT valorizava-se 2,44%, em meio a expectativas relacionadas a eventual liberação de compulsório pelo Banco Central após comentários do presidente da autoridade monetária na véspera. Vale citar também que as ações dos bancos mostram desempenho pior do que o Ibovespa no acumulado do ano, com Itaú, por exemplo, subindo apenas cerca de 5% enquanto o índice contabiliza uma elevação de quase 17%.
- GOL PN avançava 3,29% e AZUL PN tinha acréscimo de 2,17%, também entre os destaques positivos, mais uma vez favorecidas pelo declínio do dólar em relação ao real, além de dados operacionais conhecidos nesta semana.
- PETROBRAS PN cedia 0,23% e PETROBRAS ON caía 0,21%, na esteira do recuo dos preços do petróleo no mercado externo.
- VALE ON perdia 0,64%, também enfraquecida pelo recuo dos preços do minério de ferro na China nesta sessão.
- MRV ON tinha queda de 2,50%, ainda pressionada pelo anúncio nesta semana de aquisição de empresa nos Estados Unidos controlada pela família do acionista controlador da construtora, além de dúvidas de analistas sobre as sinergias entre as operações. A MRV convocou assembleia de acionistas para o dia 4 de outubro para deliberar sobre investimento na norte-americana AHS Residential, controlada pela família Menin e tem como fundador e presidente do conselho Rubens Menin.
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