Melhora no perfil de crédito do Brasil dependerá de maior crescimento, diz Moody's
BRASÍLIA, 24 Set (Reuters) - A melhora do perfil de crédito soberano do Brasil está cada vez mais dependente de o país alcançar maiores taxas de crescimento, afirmou a agência de classificação de risco Moody's nesta terça-feira, acrescentando que a melhora da atividade está atrelada à implementação de reformas.
"Sem reformas que impulsionem o crescimento e que melhorem e a produtividade e a competitividade, e sem uma aceleração nos esforços de consolidação fiscal das autoridades, é pouco provável que o perfil geral de crédito do Brasil tenha uma melhora material nos próximos anos", afirmou a agência em nota.
Segundo a Moody's, um crescimento econômico maior teria, à frente, um impacto mais significativo sobre o peso da dívida do que uma redução das taxas de juros.
A recuperação econômica do país após a recessão de 2014-2016 tem sido decepcionante e mais lenta do que o esperado, notou a agência, pontuando que o governo Jair Bolsonaro tem tentado lidar com os obstáculos ao crescimento por meio de reformas estruturais.
Casos essas reformas sejam bem implementadas —a Moody's destaca como iniciativas importantes as reformas do setor financeiro, a tributária e as privatizações—, a economia do país poderá crescer acima do seu cenário básico que prevê alta de 2%-2,5% ao longo dos próximos três anos.
(Por Isabel Versiani; edição Alberto Alerigi Jr.)
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