Neuman deixa presidência-executiva da WeWork
Por Joshua Franklin e Anirban Sen
NOVA YORK/BENGALURU (Reuters) - O cofundador da WeWork Adam Neumann concordou nesta terça-feira em renunciar ao cargo de presidente-executivo da empresa norte-americana de compartilhamento de escritórios e a desistir do controle majoritário de votos, cedendo à pressão de alguns investidores.
A companhia anunciou a decisão após reunião do conselho de administração mais cedo para discutir um desafio à autoridade de Neumann por seus maiores investidores, incluindo o japonês SoftBank, a empresa de venture capital Benchmark Capital e empresa chinesa de private equity Hony Capital, disseram fontes familiarizadas com as deliberações.
Os investidores reuniram uma maioria no conselho de sete membros da We Company, controladora da WeWork, para pressionar pela renúncia de Neumann, acrescentou uma das fontes.
Artie Minson, atualmente vice-presidente financeiro da We Company, e Sebastian Gunningham, vice-presidente do conselho da startup com sede em Nova York, se tornarão copresidentes-executivos, disse a empresa. Neumann continuará no conselho, como presidente não executivo, acrescentou a companhia.
As mudanças de liderança ocorreram após a We Company adiar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na semana passada, diante da resposta negativa de investidores potenciais, não apenas devido a prejuízos, mas também em razão do controle excepcionalmente firme de Neumann na empresa.
Isso foi um golpe para o SoftBank, que esperava que o IPO da We Company aumentasse sua fortuna ao tentar atrair investidores para o segundo Vision Fund de 108 bilhões de dólares. O grupo investiu na We Company com uma avaliação de 47 bilhões de dólares, em janeiro.
A We Company disse nesta terça-feira que estava avaliando o "momento ideal" para um IPO.
Neumann também concordou em reduzir o poder de suas ações com direito a voto, perdendo o controle majoritário de votação, segundo as fontes. Agora, cada uma de suas ações terá o mesmo direito a voto de três ações ordinárias da We Company, e não a 10 ações ordinárias como era antes, disseram as fontes.
As ações de Neumann chegaram a ter o mesmo poder de voto que 20 ações ordinárias da We Company antes de ele concordar em reduzir seu controle no início deste mês, em uma tentativa frustrada de tornar o IPO mais atraente para o mercado.
(Reportagem adicional de Greg Roumeliotis em Nova York)
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