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Eneva fecha exclusividade para avaliar térmica a gás com petroleira global

07/11/2019 10h00

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica Eneva fechou acordo de exclusividade para potencial aquisição de 75% de um projeto termelétrico a gás natural a ser viabilizado em parceria com uma empresa global de energia com direitos de exploração no Brasil, disse a companhia em comunicado nesta quinta-feira.

Pelo negócio, a Eneva terá exclusividade para realizar due diligence do ativo, a UTE Fátima, com licença para até 1.750 megawatts em capacidade em Macaé (RJ), até a data de leilões para contratação de térmicas previstos pelo governo para 2020 ou até 15 dias após a habilitação do empreendimento em leilão de energia regulado.

O acordo foi assinado com a Natural Energia Participações, a UTE Fátima e a controladora Fátima Power Holding. Os demais 25% do projeto pertencem a uma companhia global de energia com concessões offshore no Brasil, disse a Eneva, sem abrir o nome da empresa.

A usina foi projetada para funcionar com Gás Natural Liquefeito (GNL) ou gás natural associado, sendo que o fornecimento será realizado pela petroleira sócia do projeto.

As ações da elétrica chegaram a subir quase 8% após a divulgação do negócio, mas reduziram os ganhos e mostravam valorização de 6,05% às 11:12, a 34,36 reais, maior alta do índice Small Caps, que avançava 0,6%.

A Eneva destacou, no entanto, ainda que não há obrigação vinculante para conclusão da transação e nem garantia de ela será fechada.

Os leilões específicos para térmicas agendados pelo governo, em 31 de março do ano que vem, deverão contratar usinas a gás, GNL e carvão para entrada em operação em 2024 e 2025.

A proposta do governo é que as termelétricas que serão contratadas substituam usinas antigas, movidas principalmente a diesel, cujos contratos vencerão nos próximos anos.

A licitação será aberta tanto para novos empreendimentos quanto para projetos de eficientização e troca de combustível das usinas hoje em operação, com contratos de 15 anos para os vencedores.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a iniciativa está alinhada ao programa Novo Mercado de Gás, do governo federal, que vista aumentar a competição no setor de gás e reduzir custos do insumo.

Além da Eneva, a Neoenergia, da espanhola Iberdrola, também já manifestou interesse nas licitações, nas quais deverá inscrever seu projeto Termopernambuco, que está em operação mas tem contrato de venda de energia que vence em 2024.