Eletrobras terá 10 mil funcionários após privatização, diz CEO
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O quadro de funcionários da Eletrobras, após a projetada privatização da empresa, deverá conter cerca de 10 mil funcionários, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da companhia, Wilson Ferreira Jr..
Segundo o executivo, a empresa conta hoje com 13.700 empregados, mas caminha para ter cerca de 12 mil até maio de 2020, sem que haja novos planos de demissão voluntária no horizonte até a meta ser atingida.
"Não há outro plano de desligamento até lá", disse o CEO da companhia, durante coletiva de imprensa sobre os resultados da empresa no terceiro trimestre.
No início de outubro, a estatal divulgou a realização de seu Segundo Plano de Demissão Consensual 2019 (PDC), visando o desligamento de mais de 1,5 mil funcionários.
Ferreira Jr. acrescentou que a parcela estatal da "futura Eletrobras", que contará com Itaipu e Eletronuclear, terá pouco mais de 2 mil funcionários.
"O programa Luz para todos (de universalização da energia), o Procel (de conservação de energia) e o Proinfa (de estímulo às renováveis), todos vão ficar com a Eletrobras pública... Acho que umas 2100 pessoas tocam Itaipu, Eletronuclear e os 3 programas", afirmou.
"A Eletrobras privada ficaria com algo na casa de 10 mil e a Eletrobras estatal com cerca de 2000, 2100."
A Eletrobras passa pelo processo de desestatização, a ser viabilizado a partir de um processo de capitalização, com projeto de lei sobre o modelo já assinado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em linha com as estimativas do governo, o CEO da empresa disse esperar que o projeto de lei seja aprovado em seis meses, vendo abril de 2020 como um "prazo razoável", com a capitalização ficando para o segundo semestre do ano que vem.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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