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Brasil registra déficit de US$ 7,9 bi nas transações correntes em outubro, pior que esperado

Marcela Ayres

Em Brasília

25/11/2019 10h10

O Brasil teve déficit em transações correntes de US$ 7,874 bilhões em outubro, maior que o estimado por analistas, na esteira de um fraco resultado comercial no mês, mostraram dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira.

Em pesquisa da Reuters, a expectativa era de um déficit menor, de US$ 5,475 bilhões. O resultado apresentado pelo país representou o pior para o mês desde 2014 (- US$ 9,305 bilhões).

Em outubro, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 6,815 bilhões, também abaixo da projeção de analistas de US$ 7,5 bilhões.

De janeiro a outubro, o déficit em transações correntes alcançou US$ 45,657 bilhões, crescimento de 41% sobre rombo de igual período do ano passado. O patamar já supera a última previsão que o BC havia feito para o resultado de 2019 consolidado.

No fim de setembro, o BC estimou que o buraco nas transações correntes seria de US$ 36,3 bilhões neste ano, patamar que foi piorado ante projeção anterior de um déficit de US$ 19,3 bilhões.

O ajuste veio, principalmente, pela estimativa de maiores remessas de lucros e dividendos.

Mas nos 12 meses até outubro, o déficit já é de US$ 54,825 bilhões, equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) — pior dado para o acumulado em 12 meses desde dezembro de 2015 (-3,03%).

Em outubro, o dado das transações correntes foi principalmente afetado pela fraqueza da balança comercial, que veio positiva em apenas US$ 490 milhões, contra superávit de US$ 5,348 bilhões de dólares no mesmo mês de 2018.

No mês, as remessas de lucros e dividendos subiram ligeiramente a US$ 2,645 bilhões de dólares, ante US$ 2,583 bilhões um ano antes.

Os gastos líquido de brasileiros no exterior também mostraram pouca alteração: US$ 1,063 bilhão em outubro deste ano, pouco abaixo do nível de US$ 1,148 bilhão de igual mês do ano passado.

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