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Foco maior da Petrobras em exploração e produção é natural, diz diretor da ANP

28/11/2019 14h19

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O foco maior do novo Plano Estratégico 2020-2024 da Petrobras na área de exploração e produção é natural, dado o portfólio de ativos "muito interessantes" acumulados pela petroleira estatal ao longo dos últimos anos, disse nesta quinta-feira o diretor da reguladora ANP Felipe Kury.

Segundo o diretor, a empresa vai agora em busca do retorno dos pesados e elevados investimentos feitos pela companhia em anos anteriores.

"Ela está centralizando naquilo que ela entende que vai trazer maior retorno e utilizando a capacidade que desenvolveu ao longo do tempo. Ela tem competência em águas profundas e ultra profundas e está com um portfólio muito interessante", afirmou Kury, a jornalistas, em evento da ANP.

"A Petrobras e outros operadores vão buscar monetizar os investimentos que fizeram ali (no pré-sal)... É de se esperar que eles precisem monetizar esses investimentos, não só a Petrobras, mas as demais vão ser cobradas dos acionistas pelos investimentos fortes que fizeram."

A Petrobras publicou nessa quinta-feira Plano Estratégico 2020-2024, que prevê investimentos de 75,7 bilhões de dólares, queda de 10% ante o plano anterior (2019-2023). Do total de investimento previsto até 2024, Petrobras afirmou que destinará 85% para atividade de exploração e produção, ou 64,3 bilhões de dólares.

O presidente da estatal, Roberto Castello Branco, está liderando um plano de venda de ativos robusto, que visa levantar recursos para focar nos ativos de maior retorno e reduzir a grande dívida da companhia.

Os desinvestimentos previstos no plano deverão variar entre 20 bilhões a 30 bilhões de dólares para o período 2020-2024, tendo a maior concentração nos anos de 2020 e 2021.

Kury acrescentou que o programa de desinvestimentos da petroleira e a abertura do mercado a outras empresas trarão benefícios à sociedade.

"Qualidade de serviço, prestação de serviço, conveniência e melhores preços. Essa é a nossa expectativa e com o tempo a sociedade vai perceber isso", disse ele.

(Por Rodrigo Viga Gaier)