Petrobras investirá em Búzios quase 25% do total previsto até 2024
Por Rodrigo Campos e Marta Nogueira
NOVA YORK/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras investirá no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, cerca de 17,9 bilhões de dólares no período de 2020 a 2024, quase um quarto do montante total previsto no atual plano de negócios, afirmou nesta quarta-feira o diretor executivo de Exploração e Produção da companhia, Carlos Alberto Oliveira.
O ativo já é o segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil, perdendo apenas para o gigante campo de Lula, também na Bacia de Santos, segundo dado de outubro da reguladora ANP.
Mas a Petrobras ainda tem muito a desenvolver no campo, onde quatro plataformas já produzem. No início do mês passado, a estatal arrematou juntamente com duas empresas chinesas o direito de explorar o excedente da cessão onerosa no bloco de Búzios, com a empresa arcando com um bônus de 61,38 bilhões de reais.
A concentração de investimentos em ativos de grande rentabilidade está em linha com a estratégia atual da companhia, de focar suas atividades na exploração e produção em campos de áreas profundas e ultraprofundas, enquanto vende ativos considerados menos essenciais.
No plano de negócios, a empresa planeja investir um total de 75,7 bilhões de dólares até 2024, sendo 64 bilhões de dólares em exploração e produção. Já no pré-sal como um todo, a Petrobras planeja investir 37,8 bilhões de dólares em exploração e produção no período, disse Oliveira.
Búzios foi citado também pelo presidente da companhia, Roberto Castello Branco, ao iniciar seu discurso na bolsa de Nova York, onde apresenta na tarde desta quarta-feira, a investidores e analistas de mercado, o novo plano de negócios para os próximos cinco anos.
"É um ativo de classe mundial... com custo de extração baixo", disse Castello Branco, ressaltando aquisição recente de direitos para explorar mais volumes disponíveis em Búzios.
"Ninguém conhece melhor Búzios do que nós", completou.
VALOR DE MERCADO
O plano de negócios da companhia contém metas importantes para reduzir custos, reduzir dívidas e aumentar o retorno aos investidores.
Como resultado dessas medidas, a empresa planeja aumentar seu valor de mercado em aproximadamente 45% até 2021, em grande parte por meio de cortes de custos e desinvestimento de ativos não essenciais, explicou a diretora-executiva de Finanças e Relacionamento com Investidores, Andrea Almeida.
(reportagem adicional de Gram Slattery)
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