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Inflação ao consumidor na China atinge máxima de quase 8 anos, mas preços ao produtor recuam

10/12/2019 07h31

Por Lusha Zhang e Huizhong Wu

PEQUIM (Reuters) - A inflação ao consumidor na China avançou para a máxima em quase oito anos em novembro devido ao forte aumento da carne suína, mas os preços nos portões das fábricas continuaram caindo, ampliando a incerteza sobre o setor industrial.

Pequim está sob pressão para adotar mais medidas de estímulo para ampliar a atividade industrial, mas a inflação alta antes do Ano Novo Lunar pode ser uma dor de cabeça para as autoridades que tentam sustentar o crescimento.

Em novembro, os preços ao consumidor subiram 4,5% sobre o ano anterior, ritmo mais rápido desde janeiro de 2012, devido principalmente ao salto nos preços da carne suína devido à febre suína africana, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira. A expectativa de analistas era de avanço de 4,2%, após alta em outubro de 3,8%.

Entretanto, o núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, permaneceu fraco.

Em contraste, o índice de preços ao produtor, considerado importante indicador de rentabilidade corporativa, caiu 1,4% no ano, no quinto mês seguido de deflação. A expectativa era de recuo de 1,5% e em outubro a queda foi de 1,6%.

O recuo dos preços à indústria sugere que a demanda continua fraca, apesar de indícios de melhoras em recentes pesquisas sobre a indústria.

Os preços fracos foram registrados principalmente em extração de petróleo e gás e na indústria de fibras químicas.