Consórcio chinês vence leilão de ponte Salvador-Itaparica
SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um consórcio chinês venceu o leilão da Parceria Público-Privada de construção, operação e manutenção da ponte entre Salvador e Itaparica, na Bahia, um projeto que exigirá investimentos de 5,3 bilhões de reais.
O consórcio é formado por China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20), CCCC South America Regional Company e China Communications Construction Company Limited (CCCC Ltd), informou nesta quinta-feira a B3, onde o leilão foi realizado.
A ponte será a segunda maior da América Latina, com 12,4 quilômetros. Além da ponte em si, o projeto envolve um sistema rodoviário de implantação de acessos em Salvador e em Vera Cruz, incluindo ligação à rodovia. O aporte do governo baiano no total dos investimentos será de 1,5 bilhão de reais, informou a B3.
O consórcio terá cinco anos para construir e iniciar a operação da ponte que liga os municípios da região metropolitana de Salvador. Além disso, fará a gestão e a administração do trecho durante o período de 30 anos após a implantação.
O lance do consórcio foi de 56,2 milhões de reais. O valor corresponde ao valor máximo de contraprestação a ser paga pelo governo da Bahia.
O diretor de investimentos da CCCC para América do Sul, Yu Yong, afirmou no Rio de Janeiro, que a empresa tem apetite para investir no Brasil e que o país pode contar com grupo chinês no pacote de concessões previsto para os próximos anos. Somente em 2020, o governo brasileiro deve promover de 40 a 44 leilões de concessão.
Yu afirmou que as concessões de infraestrutura de transporte são as que despertam mais interesse na CCCC. "Nosso foco são ferrovias, pontes, portos e rodovias", disse ele a jornalistas em evento da FGV.
Ao ser questionado sobre a concessão da rodovia Presidente Dutra, prevista para o fim do ano que vem, o executivo declarou que a CCCC "esta analisando todas as oportunidades" e que "os projetos mais adequados serão selecionados. O Brasil pode contar com a nossa presença", afirmou Yu, sem revelar o montante disponível de recursos do grupo para participar dos leilões.
(Por Alberto Alerigi Jr. e Rodrigo Viga Gaier; Edição Paula Arend Laier)
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