EXCLUSIVO-Químico comercializado ilegalmente parou oleoduto na Rússia, mostram testes
MOSCOU (Reuters) - A substância que interrompeu os serviços de um dos maiores oleodutos da Rússia em abril foi o tetracloreto de carbono, um químico letal que deveria ser rigidamente controlado por um acordo internacional, de acordo com resultados de três testes feitos em separado e não divulgados publicamente, vistos pela Reuters.
Um resumo dos resultados de um teste realizado por um laboratório químico estatal de Moscou para o Ministério de Energia da Rússia e para a Transneft, operadora do oleoduto, visto pela Reuters em maio e que não havia sido noticiado anteriormente, mostra que o contaminante possuía 85% de tetracloreto de carbono em sua composição.
A presença do tetracloreto de carbono sugere que a Rússia não impediu o comércio ilegal do produto químico, disseram cinco fontes da indústria petrolífera. O tetracloreto de carbono deveria ser estritamente regulamentado pela legislação russa, afirmaram essas fontes.
O Ministério de Energia da Rússia havia culpado um solvente comercializado legalmente, chamado dicloreto de etileno, pela paralisação do oleoduto de Druzhba. O solvente, composto orgânico de cloreto utilizado na limpeza de poços de petróleo, pode corroer equipamentos se chegar a uma refinaria, de acordo com especialistas do setor.
O Ministério da Energia russo e a Transneft não responderam aos pedidos da Reuters por comentários.
Dois outros testes realizados por duas empresas diferentes, uma refinaria da União Europeia e uma empresa internacional de comércio de petróleo - que disseram à Reuters que compraram involuntariamente petróleo contaminado do oleoduto - produziram resultados quase idênticos aos testes realizados pelo laboratório estatal de Moscou, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento dos resultados.
(Por Repórteres Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.