Companhias aéreas vasculham o mundo em busca dos escassos simuladores do 737 MAX
MONTREAL/SYDNEY/WASHINGTON (Reuters) - As companhias aéreas estão se esforçando para reservar um tempo nas instalações de treinamento do 737 MAX em lugares como Fiji, Islândia e Panamá, disseram operadores, depois que a Boeing recomendou que os pilotos fossem treinados em um dos poucos simuladores que imitam o modelo mais recente.
Isso significa que milhares de pilotos de mais de 54 companhias aéreas precisam fazer o treinamento em cerca de três dúzias de simuladores do 737 MAX em todo o mundo antes de poderem pilotar o avião.
"A Boeing está recomendando que todos os pilotos do 737 MAX sejam treinados em um simulador do 737 MAX antes de pilotar a aeronave em serviço comercial", disse a companhia à Reuters na terça-feira à noite, confirmando sua nova política.
O 737 MAX está suspenso desde março de 2019 após dois acidentes causados por falhas e não pode retornar ao serviço até que os reguladores aprovem as alterações de software e os planos de treinamento.
Os estimados 34 simuladores 737 MAX em serviço, produzidos separadamente pela CAE e pela divisão de treinamento TRU da Textron, são menos de um quarto do número de simuladores do antigo 737 NG, certificados por reguladores norte-americanos e europeus.
"Penso que a escassez de simuladores significa que a frota do MAX retomará os voos mais lentamente do que as companhias aéreas gostariam", disse Gudmundur Orn Gunnarsson, diretor da TRU Flight Training Iceland, uma joint venture entre a Icelandair e a divisão de treinamento e simulação da Textron.
"No começo, foi dito que o treinamento em simulador não seria necessário", disse ele. "Isso muda tudo."
Na América Latina, a panamenha Copa Holdings é a única companhia aérea com um simulador do 737 MAX. A empresa disse que estava com grande demanda, embora não esteja autorizada a divulgar as aéreas interessadas. A Copa disse que sua principal prioridade era treinar seus próprios 245 pilotos.
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