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Valor de mercado da XP supera R$100 bilhões

22/01/2020 17h24

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O valor de mercado da XP Inc chegou a superar 100 bilhões de reais (24 bilhões de dólares) nesta quarta-feira, acumulando uma valorização de mais de 60% desde a sua estreia no mercado acionário norte-americano, no final do ano passado.

Na máxima da sessão, os papéis foram negociados a 43,52 dólares, alta de mais de 7% em relação ao fechamento da véspera.

A marca dos 100 bilhões de reais - considerando a cotação de fechamento do dólar à vista comercial na véspera, de 4,2060 reais - superou o valor de mercado da B3, preterida pela XP na hora da escolha sobre o local para o seu IPO, feito na Nasdaq, em Nova York. Considerando a cotação máxima desta sessão, o valor da B3 alcançava 98 bilhões de reais, segundo cálculos da Reuters e dados da Refinitiv.

Entre os grandes bancos, considerando as cotações máximas nesta sessão, a distância ainda é razoável.

O valor de mercado de Itaú Unibanco supera 300 bilhões de reais, enquanto o do Bradesco encosta em 270 bilhões de reais. Santander Brasil ultrapassa 165 bilhões de reais e o Banco do Brasil fica em torno de 140 bilhões de reais.

O BTG Pactual, que muitos veem como principal concorrente para a XP, tinha um valor de mercado de cerca de 80 bilhões de reais.

No final da sessão, as ações da XP fecharam em alta de 4,65%, a 42,48 dólares, representando um valor de mercado de 22,4 bilhões de dólares, ou 93,6 bilhões de reais segundo a cotação de fechamento do dólar nesta quarta-feira.

No começo do mês, analistas de vários bancos começaram a cobrir as ações da XP, com recomendações entre "neutra" e "compra" e preços-alvo variando ao redor de 43 dólares.

Naquela ocasião, os analistas do Credit Suisse liderados por Marcelo Telles destacaram que XP é a plataforma de investimento independente dominante no Brasil e que tem sido uma empresa de rápido crescimento e lucrativa.

Analistas do Goldman Sachs ressaltam no começo do mês que a XP Inc está em uma posição única para ganhar participação dos grandes bancos no Brasil, enquanto seus concorrentes não bancários são significativamente menores em escala.