Acionistas ativistas testam presidente do JPMorgan sobre propostas climáticas
Por Ross Kerber e Elizabeth Dilts Marshall
BOSTON/NOVA YORK (Reuters) - Acionistas ativistas focados em questões climáticas prometeram entrar em uma disputa por procuração com o JPMorgan depois de receber uma fria recepção do principal banco de Wall Street, mesmo que o presidente-executivo Jamie Dimon tenha prometido proteger o meio ambiente.
Ativistas, incluindo a Fundação As You Sow, Trillium Asset Management e o Boston Trust Walden, disseram ter recebido avisos de que o banco pediu aval regulatório para não realizar votações em sua reunião anual sobre propostas, como o relatório sobre as emissões de gases de efeito estufa vinculadas a empréstimos.
A posição do JPMorgan arrisca danificar sua reputação no momento em que clientes e investidores querem que os bancos ajudem a diminuir o aumento global da temperatura, de acordo com um comunicado conjunto dos ativistas nesta quarta-feira.
"Eles não estão cumprindo o que falaram", disse Danielle Fugere, presidente da As You Sow, em entrevista.
Ela observou como, em carta à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), o JPMorgan argumentou que a solicitação de um relatório de emissões de seu grupo representava uma tentativa de "microgerenciar" a empresa.
Para falar sobre o assunto, um representante do JPMorgan se referiu aos argumentos apresentados nos documentos à SEC. Além da preocupação com a microgerenciamento, o JPMorgan afirmou que os assuntos estão relacionados a negócios comuns e que seu conselho não aprova a política de votações por procuração.
Grandes empresas norte-americanas costumam buscam permissão para ignorar propostas controversas de acionistas. Os ativistas também apresentaram propostas climáticas em outros bancos e empresas de energia e buscaram votos contra o diretor independente do JPMorgan, Lee Raymond.
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