Governo exonera presidente da Funasa, alvo de operação da PF
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Ronaldo Nogueira, foi exonerado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro menos de uma semana após endereços ligados a ele e a outras pessoas terem sido alvos de uma operação da Polícia Federal de busca e apreensão que apura desvio de recursos no extinto Ministério do Trabalho, conforme decisão publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União assinada pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Nogueira foi ministro do Trabalho na gestão Michel Temer e deputado federal pelo PTB do Rio Grande do Sul. Ainda não foi escolhido o substituto para o cargo.
A ação, segundo nota da PF, tinha por objetivo aprofundar investigações sobre irregularidades na contratação de uma empresa do ramo de tecnologia de informação e foi realizada em Brasília e outros cinco Estados.
A operação teve como base relatório da Controladoria-Geral da União que apontou desvios entre 2016 e 2018 de 50 milhões de reais no extinto Ministério do Trabalho. A Justiça Federal de Brasília determinou o bloqueio do valor aproximado de 76 milhões de reais nas contas dos investigados.
Em nota publicada no site da Funasa na noite de terça, Nogueira disse ter tomado a "decisão individual" de pedir demissão do cargo por entender ser este "o melhor a ser feito no momento".
"Desta forma, terei mais tempo para dedicar-me à minha defesa e para trazer à luz a verdade dos fatos, bem como, preservar as atividades e a integridade da Funasa, fundação esta que aprendi a admirar e a respeitar, pela importância do seu trabalho para o povo brasileiro", disse.
Nogueira agradeceu a confiança do presidente depositada nele e o apoio dos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
"Tenho absoluta convicção da minha inocência em relação às denúncias envolvendo meu nome e, com toda a serenidade necessária, provarei isso junto às instâncias responsáveis", frisou.
(Reportagem de Ricardo Brito)
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