Coronavírus redireciona embarques de frango dos EUA com destino à China
Por P.J. Huffstutter
CHICAGO (Reuters) - Navios que transportam contêineres refrigerados de frango dos Estados Unidos para a China estão sendo desviados para portos em Hong Kong, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã devido ao surto de coronavírus, segundo um grupo de exportações de aves dos Estados Unidos.
O vírus, que está causando estragos no comércio global de transporte de contêineres, mantém os consumidores e trabalhadores em suas casas na China, adiando as compras em lojas e restaurantes e retardando o descarregamento de produtos nos portos.
Portos chineses ficaram sem espaço para contêiners refrigerados, que devem ser conectados a tomadas elétricas para manter a carne congelada e outros produtos alimentares gelados, disse à Reuters Jim Sumner, presidente do Conselho de Exportação de Ovos e Aves dos Estados Unidos, na quinta-feira.
Produtos congelados e refrigerados estão começando a estragar por conta da falta de energia disponível, afirmou um gerente de operações de um porto de Los Angeles.
Os atrasos ocorrem no momento em que a China se prepara para aumentar as importações de carne bovina e de aves dos Estados Unidos, após o acordo comercial de fase 1 anunciado no mês passado.
Os exportadores de aves norte-americanos estão sendo informados pelas autoridades de frete, porto e governo que os embarques de suprimentos médicos e suínos necessários para reforçar as reservas da China estão sendo permitidos, disse Sumner.
"Todo o resto está sendo considerado não prioritário e não é permitido entrar", disse ele. "A China está basicamente fechada no momento."
Estima-se que 300 a 400 contêineres refrigerados de aves --atualmente em deslocamento-- estão sendo desviados. Cerca de 80% dos produtos são pés de galinha, enquanto o restante é carne de frango e de peru, afirmou Sumner.
Pequim suspendeu uma proibição de quase cinco anos nas importações de aves dos Estados Unidos em novembro passado, impulsionada por uma escassez sem precedentes de carne na China depois que a peste suína africana matou milhões de porcos no país que ama carne de porco.
(Reportagem de PJ Huffstutter em Chicago; reportagem adicional de Lisa Baertlein em Los Angeles e Tom Polansek em Chicago)
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