PF confirma ameaça a ministros do STF, mas diz serem "genéricas"
BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal confirmou nesta segunda-feira ter encontrado nas últimas semanas em monitoramento de rotina "trocas de mensagens, via DeepWeb, com ofensas e ameaças a autoridades da República (ministros do Supremo Tribunal Federal)", mas ressalvou que as ameaças eram "genéricas e não traziam indícios de qualquer plano elaborado de possível atentado".
"Todavia, cumprindo seu papel institucional e de forma preventiva, a PF informou ao ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do Inquérito n.º 4781, sobre a existência de tais mensagens", disse a PF em nota.
"As investigações, a cargo da PF, seguem em sigilo e tramitam com o objetivo de identificar os responsáveis pela difusão de tais mensagens", completou.
Moraes é relator de um inquérito aberto pelo presidente do STF, Dias Toffoli, no ano passado com o objetivo de investigar suspeitas de orquestração de ataques a ministros da corte e familiares. A abertura e o andamento desse inquérito são controvertidos porque não foi requisitada pela Procuradoria-Geral da República e alvo de crítica de uma série de entidades por não haver uma supervisão do caso.
A nota da PF foi divulgada como esclarecimento à reportagem publicada no site da Folha de S.Paulo nesta segunda que relata que ministros do Supremo poderiam ser alvo de ataque terrorista. A matéria informa que Toffoli avisou aos ministros da corte sobre as ameaças.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Supremo não se manifestou a respeito do assunto.
(Reportagem de Ricardo Brito)
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