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Início de construção nos EUA cai em janeiro; concessão de alvarás bate máxima em quase 13 anos

19/02/2020 12h07

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - A construção de casas nos Estados Unidos caiu menos do que o esperado em janeiro, enquanto a concessão de alvarás subiu para uma máxima em quase 13 anos, com os dados apontando uma força sustentada no mercado imobiliário que pode ajudar a manter a maior expansão econômica da história nos trilhos.

Outros números divulgados nesta quarta-feira mostraram que os preços ao produtor tiveram a maior alta em mais de um ano no mês passado, impulsionados por aumentos no custo de serviços como assistência médica e hospedagem em hotéis.

Os relatórios podem apoiar o desejo do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de manter as taxas de juros inalteradas pelo menos até este ano, depois de reduzir os custos dos empréstimos três vezes em 2019.

O início de construções caiu 3,6%, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 1,567 milhão de unidades no mês passado, informou o Departamento de Comércio. A queda veio após três aumentos mensais seguidos.

Os dados de dezembro foram revisados e mostraram uma alta na construção de casas para 1,626 milhão de unidades, máxima desde dezembro de 2006, em vez de alta para uma taxa de 1,608 milhão de unidades, conforme relatado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam que o início de construções cairia para 1,425 milhão de unidades em janeiro. Essa medida disparou 21,4% em janeiro na base anual. Estima-se que a construção de 1,291 milhão de unidades habitacionais tenha sido iniciada em 2019, aumento de 3,3% em relação a 2018.

PREÇOS AO PRODUTOR SOBEM

Um relatório do Departamento do Trabalho divulgado nesta quarta-feira mostrou que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) para demanda final subiu 0,5% no mês passado, maior ganho desde outubro de 2018, após crescer 0,2% em dezembro.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, o PPI avançou 2,1%, maior aumento desde maio, após alta de 1,3% em dezembro. Os economistas previam que o PPI aumentaria 0,1% em janeiro e teriam alta de 1,6% em uma base ano a ano.

Excluindo alimentos, energia e serviços de comércio --considerados mais voláteis--, os preços ao produtor aumentaram 0,4%, maior variação positiva desde abril, após subirem 0,2% em dezembro. O chamado núcleo do PPI aumentou 1,5% nos 12 meses encerrados em janeiro, igualando a alta de dezembro.