Opep+ cancela painel técnico após fracasso em tentativas de mediação, dizem fontes
Por Alex Lawler e Rania El Gamal e Ahmad Ghaddar
LONDRES/DUBAI (Reuters) - Um painel técnico da Opep e países não membros planejado para quarta-feira em Viena foi cancelado, em meio à falta de progresso em tentativas de mediação entre Arábia Saudita e Rússia depois do colapso de um pacto de produção envolvendo os países, disseram fontes à Reuters nesta segunda-feira.
Um acordo para limitar a oferta fechado entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados liderados pela Rússia, um grupo conhecido como Opep+, deve expirar ao final deste mês.
O painel cancelado, do Comitê Técnico Conjunto, assessora ministros da Opep+.
O petróleo já caiu quase 40% desde que um encontro ministerial em 6 de março não chegou a um acordo para ampliar ou prorrogar os cortes de produção.
"Foi cancelado", disse uma das fontes sobre o painel, sem citar motivos. Não ficou claro de imediato se a reunião será reagendada. Parte dos funcionários da sede da Opep está trabalhando de casa como prevenção contra o coronavírus.
Três anos de cooperação entre Opep, Rússia e outros produtores foram encerrados com gosto amargo em 6 de março, após os russos terem se recusado a apoiar maiores cortes contra o coronavírus. A Opep respondeu removendo todos limites à produção.
Desde então, houve algumas tentativas de mediação entre russos e sauditas por parte de outros membros da Opep, mas até o momento não geraram frutos e fontes dizem que é tarde para ambos os lados chegar a algum entendimento agora.
"É difícil agora para os sauditas recuar", disse uma fonte da Opep.
Uma fonte em separado, ao ser questionada sobre as tentativas de mediação e uma possível retomada das conversas sobre cortes, disse que há uma "guerra total", em referência à disputa de preços entre produtores.
O governo russo não tem nenhum plano imediato de contatos com a liderança da Arábia Saudita, disse o porta-voz Dmitry Peskov nesta segunda-feira. Ele disse ainda que a queda nos preços do petróleo não foi uma surpresa para a Rússia.
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