Fintechs negociam alternativas de funding após coronavírus
Por Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional disse na quinta-feira que as fintechs do país poderão obter financiamento do banco de desenvolvimento BNDES, uma vez que seus canais de financiamento habituais secaram devido às tensões do mercado relacionadas ao coronavírus.
A autoridade também disse que as fintechs poderão emitir cartões de crédito como uma fonte alternativa de receita.
No início desta quinta-feira, a Reuters noticiou que as fintechs estavam em negociações para obter financiamento e possivelmente fontes de negócios alternativos do BNDES ou de instituições similares.
O conselho monetário também disse que agora os fundos de private equity poderão controlar as fintechs que trabalham como sociedades de crédito direto, mas apenas indiretamente. Tradicionalmente, o Banco Central coloca restrições à possibilidade dos fundos de private equity comprarem instituições financeiras.
Fintechs brasileiras, como a Creditas, que tem como investidor o SoftBank Group, a empresa de pagamentos StoneCo e a unidade financeira Mercado Pago, do Mercado Livre, normalmente financiam seus negócios principalmente por meio de acordos de securitização no mercado de capitais.
Mas a fuga dos investidores em meio à pandemia de coronavírus bloqueou principalmente esses canais.
"O crédito secou abruptamente para as fintechs. Então, esperamos que as novas regras levem a uma volta a normalidade", disse Rafael Pereira, presidente da ABCD, associação que reúne empresas de crédito digital.
Em um comunicado, o conselho monetário disse que as fintechs são capazes de alcançar pequenos empresários, mesmo indivíduos sem banco, e podem ajudar o governo a implementar políticas públicas. Não especificou quais serviços as fintechs podem fornecer em parceria com o governo.
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