FMI pede que G20 respalde duplicação de financiamento de emergência para combater coronavírus
WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta quinta-feira aos líderes das 20 maiores economias do mundo (G20) que respaldem a duplicação de sua capacidade de financiamento de emergência para fortalecer sua resposta à pandemia de coronavírus que se espalha rapidamente e que provavelmente causará uma recessão global em 2020.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, em um comunicado aos líderes do G20, afirmou que a profundidade da contração econômica e a velocidade da recuperação dependem da contenção de pandemia e de "quão fortes e coordenadas são nossas ações de política monetária e fiscal".
Ela disse que é fundamental apoiar os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento, que têm sido particularmente afetados pela crise com paralisações econômicas repentinas, fuga de capitais e, para alguns, quedas acentuadas nos preços das commodities.
"Precisamos agir de acordo com a magnitude do desafio", afirmou Georgieva aos líderes do G20.
Ela disse que já havia adotado medidas extraordinárias para salvar vidas e proteger economias, mas que é fundamental fornecer apoio fiscal direcionado a famílias e empresas vulneráveis para que possam permanecer sustentáveis e voltar rapidamente ao trabalho.
"Esse apoio acelerará a eventual recuperação e nos colocará em melhores condições para enfrentar desafios como excesso de dívida e interrupção dos fluxos comerciais", disse ela. "Caso contrário, levará anos para superar os efeitos de falências e demissões generalizadas."
O Fundo tem cerca de 1 trilhão de dólares em recursos financeiros para resposta, trabalhando em estreita colaboração com o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais, mas os desafios são enormes, disse Georgieva.
Para melhorar sua capacidade de resposta, Georgieva pediu aos líderes do G20 que apoiem a duplicação da capacidade de financiamento de emergência do Fundo e aumentem a liquidez global por meio de uma alocação considerável de DSE (Direito de Saque Especial), como feito durante a crise financeira de 2008-2009, além do uso expandido de linhas de swap no Fundo.
Georgieva disse a repórteres mais cedo neste mês que o FMI disponibilizaria 50 bilhões de dólares em financiamento de emergência para ajudar países pobres e de renda média com sistemas de saúde fracos a responder à crescente crise da saúde.
Nesta quinta-feira, ela também pediu aos líderes do G20 que apoiem uma reunião conjunta do FMI e do Banco Mundial instando os credores bilaterais oficiais a aliviar o peso da dívida de seus membros mais pobres.
(Reportagem de Andrea Shalal)
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